A azáfama de mais um processo eleitoral é vísivel.
Uma vez mais, um pouco de seriedade e igualdade de critérios seria saudável, desde logo, porque os principais responsáveis da actual situação do país, na apresentação dos seus programas continuam, claramente e escandalosamente a ser beneficiados pelos órgãos de comunicação social. Não refiro apenas no tempo dispensado, mas na avaliação dos "paineleiros" e comentadores que, mais parecem "encomendados" (se não o são!!) para avaliar as linhas mestras da intenção politica desses dois partidos, PS e PSD.
Os comentários aos programas politicos do PS e PSD, anulam a existência de outras formas de pensar o quadro politico nacional, o que por si só, é um atentado à democracia e aos valores por si sustentados. A democracia é um valor mais alargado, que deverá ser praticado e não utilizado como instrumento de propaganda e mera retórica. Qual o respeito por aqueles que não se identificam nem com o PS, nem com o PSD, quer na vertente ideológica, quer na vertente da acção politica, ou ainda na perspectiva da liberdade politica no que concerne ao direito de escolha e de informação.
Mais aguda se torna esta situação, quando até a televisão pública faz trabalhos de redacção, onde apresenta, compara, avalia, comenta programas dos dois maiores partidos nacionais, reduzindo os programas dos outros partidos politicos para um superficialismo quase "imposto".
Sempre acreditei e cada vez mais, que os dois maiores partidos nacionais, traçam o seu destino, de uma forma concertada, com uns combates e críticas "aparentemente" estudadas, com o objectivo de se alternarem no poder para resolver... os problemas do país!!
Os vários programas televisivos, com os tais "paineleiros" convidados e escolhidos "metodica e imparcialmente", deixam claro o estado da nossa democracia...
A democracia não se reduz ao acto eleitoral, pratica-se com a igualdade de critérios, com a liberdade e isenção na informação, com o direito à escolha, entre outros.
Uma palavra aos eleitores para que, reflictam na sua escolha para os destinos do país, onde a situação do desemprego, da pobreza, da corrupção, da justiça, da segurança, do futuro para os jovens, da educação, entre outras, atingiram proporções escandalosas, com os responsáveis a "empurrar", ora para a crise internacional, ora a culpabilizarem-se mutuamente, depois de nos grandes dossiers demonstrarem um sintonia estratégica, dissimulada por uma acusação e crítica mútua, mas apenas de retórica.
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