José (Sócrates), Pedro (Passos Coelho) e Sua Santidade
Não sabia onde colocar o Cavaco neste presépio…
Diário de uma visita
A importância da visita de Sua Santidade, simboliza uma Parceria Estratégica, entre dois pastores acima identificados, que apenas não refiro mais um (Cavaco) por não ter espaço no presépio.
Sócrates deverá estar grato a Sua Santidade, porquanto;
Ter criado um terreno favorável (adormecimento dos portugueses) para a implementação de medidas que, em qualquer sociedade criaria contestação visível e radical, ao ponto do Sr. Ministro das Finanças ter afirmado a um canal de TV estrangeiro, quando questionado se esperava reacções violentas dos portugueses face às medidas tomadas, dizendo “os portugueses são pacíficos e diferentes dos gregos…!”
E quais medidas?
IRS – aumento de 1%, para aqueles que ganham até mil e poucos euros por mês, para os que ganham três milhões e qualquer coisa por ano – 1,5% (medida equilibrada!), só acontece porque o poder político não tem mão no sector privado...
IVA - aumento de 1% na compra de uma jóia, que só alguns poderão ainda comprar e aumento de 1% na compra de pão, leite, etc, (medida equilibrada!).
Medidas constantes do PEC - congelamento de aumentos para funcionários públicos, penalização nas prestações sociais, e quais as medidas para o combate aos milhões dos Off-shores, dos lucros fabulosos da banca, obtidos por via dos "apertados de sempre"?
Esta parceria PS/PSD demonstra uma vez mais, o rosto dos responsáveis pelo actual estado do País, a falta de credibilidade de políticos que dizem e desdizem e uma vez mais, o comportamento dos cidadãos que insistem em não perceber que poderão existir outros projectos e que há necessidade de "punir" quem tanto mal lhes provoca.
Poderá admitir-se a necessidade de rectificar e criar medidas pontuais, para combater mercados externos, especuladores, a questão coloca-se de que forma, e a forma anunciada é de uma imoralidade, injustiça e cegueira que necessitava de ser contestada à altura.
A criação da riqueza advém do conjunto de cidadãos e certamente o resultado de más políticas e de maus mercados financeiros não tem como responsáveis os trabalhadores, os funcionários públicos ou os beneficiários de prestações sociais, porquanto, estes, ajustam-se e adaptam-se aos quadros normativos aplicados, com intuito regulador e facilmente controláveis, o que questiono quando existiu essa preocupação.
Com estas alterações politicas, com rosto (Pedro Passos Coelho/José Sócrates), torna-se evidente a necessidade de contestação em massa, pois está em causa o futuro e a imoralidade das medidas, no entanto, a mentalidade tem de mudar, as massas que, facilmente se concentram para celebrar uma vitória de um qualquer campeonato, ou que protagonizam exteriorizações de fé, legitimas, mas questionáveis, têm de repensar o futuro e a evolução, pois, o mal das sociedades modernas é a ausência de uma consciencialização necessária, mas cada vez mais difícil, por pouco investimento no ser-humano.
Paulo Jorge Santos publicado em
http://pssantos.blogspot.com/
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