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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

COPS

Na TV, assisti ao COPS, célebre programa norte-americano, onde se retratam algumas intervenções policiais...

Por norma não assisto a este género de programas, desde logo porque não me identifico com exploração televisiva de situações de segurança, depois porque tudo o que vem dos americanos, reveste uma imagem que em nada se relaciona com o conteúdo.

Mas concretamente nesse episódio, o que estava em causa, era uma operação montada por uma polícia estadual, enquadrada por pessoal à civil e apoiada por elementos de comunicações e apoio de elementos uniformizados, os quais após comunicação faziam uma investida juntos dos pseudo-compradores de marijuana. O pessoal policial à civil, passavam-se por traficantes e tinham a responsabilidade de efectivar a venda.

Que leitura faço disto? Pois;

Primeiro e apesar de em termos de show ser muito interessante (para alguns), em termos de serviço operacional vale zero, porque não está em causa um ilícito criminal real, não estão em causa os causadores do tráfico, estão apenas aqueles que nem tão pouco são suspeitos, porque não existe ilícito criminal. (faço enquadramento moral, não em termos legais…)

Segundo, porque os norte-americanos possuem um sistema complexo e absurdo, porquanto originam e/ou patrocinam os problemas, ignoram evitá-los noutros campos (social por ex;), mas depois reagem repressivamente.

Terceiro porque, investem uma violência totalmente descabida, despropositada e por vezes (quase sempre) desnecessária.

Quarto, invertem o ónus, logo no local, limitando no imediato o percurso da aplicabilidade da lei.

Muito mais podia dar como exemplo, mas creio não ser necessário.

Preocupa-me não esta realidade, mas sim, existir quem concorde, consuma e se identifique com esta realidade, mesmo aqueles que em países onde este absurdo não se passa.

Falamos de alguém que, apesar de forte investida policial, mantêm os maiores índices de criminalidade mundial, apesar de se tratar de uma "democracia" muito critica e activa para “algumas” ditaduras, mantém a pena de morte, apesar de aplicar e avaliar o respeito dos direitos humanos aos outros, não o aplica ao próprio, apesar de enviar ditadores para o tribunal penal internacional, não se sujeita à sua jurisdição, apesar de bombardear e perseguir aqueles que pretendem obter energia nuclear ( e mesmo os que não têm), possui milhares de armas nucleares...

domingo, 11 de setembro de 2011

Basta...

Basta...
por Paulo Jorge Santos a Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011 às 6:15
Assistindo ao que tem sido implementado pelo actual governo, assistindo à postura e perspectiva do maior partido da oposição (no último congresso), olhando para o passado recente, lembrando-me do caminho e modelo da Europa, tendo como dado adquirido aquilo que se passa no mundo, estou muito preocupado com o futuro... tudo é contabilidade, tudo é finança, tudo é interesse, tudo gira por dinheiro... o Homem já nada controla, a política deixou-se anular pela capital, os povos já não escolhem o seu bem-estar, a sociedade já não tem capacidade de alterar o rumo! Mas afinal quem comanda? As pessoas (cidadãos do mundo) não percebem que está na altura de reestabelecer a harmonia, o social, o direito a uma vida estável, imune a números? Ou ficam parados, apáticos e distraídos com banalidades, futebol e novelas? Ou preferem acreditar na mentira que alguns tentam passar que não há alternativas, que é assim porque sim, que é tudo igual, que não há dinheiro? O destino não assenta no transcendente, ou na obra de nosso senhor, o destino está nas mãos dos que não se conformam. Aqueles que mais esclarecidos, concertados e defensores de causas sejam elas de que índole forem, devem impulsionar os outros, devem alertar, devem dinamizar, para evitar que qualquer dia o sol seja privatizado, ficando todos os outros (larga maioria) na sombra "penumbra"...