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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010

Depois de um jantar e mais doze passas "empurradas" pelo champagne, terminou mais um ano (2009).

É altura de pedir desejos, e eu peço; peço que o mundo fique melhor, com mais paz, menos pobreza, menos conflitos, melhor clima.
peço que o Afeganistão, o Iraque, o Paquistão se acalmem, peço que a África distribua o seu potencial por todos, peço que a América Latina cresça e realce o seu valor estratégico, peço que a China, Rússia e Índia utilizem o seu poderio para o bem económico, social e climatérico, peço que, os Estados Unidos cumpram as promessas preconizadas por Obama, com compreensão do mundo, na Palestina, no clima, na visão multilateralista, no combate à corrupção, no combate à pobreza, no combate ao capitalismo desenfreado e selvagem, enfim...

Estes desejos soam-me a mais do mesmo e a inocência, no entanto, parafraseando uma das mais célebres e coerentes figuras nacionais (Álvaro Cunhal), corroboro a ideia por ele transmitida quando alguém lhe questionava:" ... é feliz?" e ele deu a seguinte resposta "enquanto existir alguém que não seja feliz, eu não serei feliz."

Que em 2010 haja sempre alguém que lute por um mundo melhor!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Por onde andam??

A importância das bases e sua representação são inequivocamente relevantes em qualquer Instituição da sociedade.
A PSP e as suas representações sindicais não são imunes a esta realidade.

A estratégia a seguir poderá ser restrita a um líder, ou a um pequeno corpo directivo, com base na postura, história, urgência das necessidades, no entanto, o trabalho a desenvolver por aqueles que se encontram mais próximo das bases, como representantes, de demasiada importância e relevo.

Neste sentido, uma opção acertada, uma estratégia bem definida, uma imagem de credibilidade e um trabalho desenvolvido só será valorizado, se as bases o reconhecerem e é ai que se constata se a “máquina está devidamente oleada”. Para tal, é necessário a constante procura de informação e devida atenção, o estudo das matérias e a capacidade de "saber fazer passar a mensagem", por parte daqueles que se encontram como legítimos representantes das Instituições, nos micro espaços.

Toda esta realidade só será perceptível, quando os níveis de profissionalismo, espírito colectivo, conhecimento e informação se encontrarem em sintonia com os de reivindicação, exigência e melhoria das condições.

Voltando aos representantes das Instituições, os quais se encontram mais perto das bases, daqueles que sustentam uma qualquer Instituição e que têm o direito de escrutínio, esses representantes terão sempre de passar a imagem da cúpula e não outra...
Para tal, a sintonia é importante, mas apenas surgirá sintonia, caso a dedicação e o trabalho, esteja próximo, para a mensagem ser única e una, correcta e susceptível de crítica, mas sempre verdadeira.

A necessidade de transformação é urgente, mas também é urgente e para esse efeito, que exista uma mentalização da necessidade de alteração de valores, procedimentos e postura, temos de ser exigentes, mas também com nós próprios e acima de tudo, temos de ter uma perspectiva colectiva e de constante informação e trabalho, para passar a mensagem do que se fez, faz e se pretende fazer, na defesa de todos…

Isso implica esforço, trabalho e dedicação… de todos!

domingo, 20 de setembro de 2009

A demagogia e o populismo impera...

Desde pequeno tinha a ideia de alguma inteligência, desconfiança positiva, astúcia por parte dos polícias... no entanto e após alguns anos a conhecer a realidade, vejo-me obrigado a reduzir essa ideia inocente e passada para uma falsa ideia.

Os nossos policias afinal deixam-se levar e mais que uma vez...

Às portas de mais um escrutinio eleitoral e depois de vários anos de desinvestimento e atentados ao estatuto sócio-profissional dos policias, continuamos a cair na casca da banana, isto porque, ao pensar castigar o mais de sempre, por via de partidos politicos que utilizam discursos populistas e demagógicos e também responsável pela actual situação é, na minha perspectiva, um erro.

Falo num partido que apesar de apregoar a autoridade do Estado e a "força" das policias e falando nos indices de criminalidade, sempre contribuiu para o actual estado social, causador, na minha opinião, de parte da criminalidade, como sendo o pequeno delito, por desenquadramento social, familiar, entre outros, pequeno, mas com portas de entrada para o crime mais sofisticado e violento.

Falo de um partido que já teve responsabilidade governamental, falo de um partido que utiliza habilidosamente e com muita astúcia, o discurso bombástico e populista de oposição ao rendimento de reinserção social, aos imigrantes, mas simultaneamente, defensor de um sistema económico liberal que contribui para o agravar das condições de vida das populações e do aumento das desigualdades sociais. Falo também de alguém que tanto culpa as alterações das leis penais pelo aumento da criminalidade, mas votou favoravelmente essas mesmas politicas.

Falo também de um partido que, quando no poder esteve, secundarizou essas preocupações, não admitindo policias, nada fazendo para o atenuar da criminalidade, não tendo fiscalizado a atribuição do rendimento minimo, entre outros.

No entanto, não posso deixar de atribuir alguma justiça à capacidade do lider desse partido, pela sua magnifica capacidade de retórica e ginástica argumentativa, culminada num comportamento de sedução para a sociedade, incluindo os policias, conhecendo, como é evidente, o que sentem e o que querem ouvir... e os policias ouvem e acreditam.

Os policias que acordem e avaliem o quadro partidário, não reduzindo a sua qualidade de eleitor só à sua condição profissional, olhando um pouco para a história das sociedades, do seu próprio país e para a sua situação profissional, não reduzindo o voto ao simples castigo, mas na compreensão de outras vias, outros projectos, outros caminhos...

Será preciso mais autoridade ou mais estatuto?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Vota "Ribeira Segura"

Noticias recentes sobre o lançamento do sistema de videovigilância na Ribeira do Porto, demonstraram a "mescla" criada por componentes que passam por marketing politico, protagonismos pessoais, politica de bastidores e campanhas partidárias.

O que mais me entristece não é a existência desta realidade, pois essa já estamos habituados, mas sim, e uma vez mais, a criação de uma imagem que em nada corresponde à realidade.

Não há qualquer contestação quanto ao facto, ou seja, à implementação de sistemas de videovigilância na via pública, como instrumento eficaz no combate à criminalidade, à semelhança do que se passa em países desenvolvidos da Europa, especialmente em Inglaterra, a critica vai no sentido de se anunciar e publicitar uma acção, cuja base de sustentação é frágil e desprovida de outros instrumentos necessários e complementares do sistema em questão, falo de pessoal policial na Central-Rádio da PSP Porto, falo dos meios informáticos e a complementaridade nas unidades a serem accionadas após a vizualização video.

O tempo dirá se esta acção de marketing, não serviu mais para o protagonismo do Sr. Ministro, para a campanha do Sr. Presidente da Câmara Municipal ou para o lançamento politico de um investidor..., em desfavor da segurança pública e dos seus profissionais, fruto da falta de bases estruturais e complementares desse mesmo sistema.

Reconheço a antiguidade da medida e também a sua importância operacional, contudo, sinto-a como um meio isolado e pouco concertado com necessidades operacionais básicas e ainda débeis.

domingo, 30 de agosto de 2009

DEMOCRACIA !!!

A azáfama de mais um processo eleitoral é vísivel.
Uma vez mais, um pouco de seriedade e igualdade de critérios seria saudável, desde logo, porque os principais responsáveis da actual situação do país, na apresentação dos seus programas continuam, claramente e escandalosamente a ser beneficiados pelos órgãos de comunicação social. Não refiro apenas no tempo dispensado, mas na avaliação dos "paineleiros" e comentadores que, mais parecem "encomendados" (se não o são!!) para avaliar as linhas mestras da intenção politica desses dois partidos, PS e PSD.
Os comentários aos programas politicos do PS e PSD, anulam a existência de outras formas de pensar o quadro politico nacional, o que por si só, é um atentado à democracia e aos valores por si sustentados. A democracia é um valor mais alargado, que deverá ser praticado e não utilizado como instrumento de propaganda e mera retórica. Qual o respeito por aqueles que não se identificam nem com o PS, nem com o PSD, quer na vertente ideológica, quer na vertente da acção politica, ou ainda na perspectiva da liberdade politica no que concerne ao direito de escolha e de informação.
Mais aguda se torna esta situação, quando até a televisão pública faz trabalhos de redacção, onde apresenta, compara, avalia, comenta programas dos dois maiores partidos nacionais, reduzindo os programas dos outros partidos politicos para um superficialismo quase "imposto".
Sempre acreditei e cada vez mais, que os dois maiores partidos nacionais, traçam o seu destino, de uma forma concertada, com uns combates e críticas "aparentemente" estudadas, com o objectivo de se alternarem no poder para resolver... os problemas do país!!
Os vários programas televisivos, com os tais "paineleiros" convidados e escolhidos "metodica e imparcialmente", deixam claro o estado da nossa democracia...
A democracia não se reduz ao acto eleitoral, pratica-se com a igualdade de critérios, com a liberdade e isenção na informação, com o direito à escolha, entre outros.
Uma palavra aos eleitores para que, reflictam na sua escolha para os destinos do país, onde a situação do desemprego, da pobreza, da corrupção, da justiça, da segurança, do futuro para os jovens, da educação, entre outras, atingiram proporções escandalosas, com os responsáveis a "empurrar", ora para a crise internacional, ora a culpabilizarem-se mutuamente, depois de nos grandes dossiers demonstrarem um sintonia estratégica, dissimulada por uma acusação e crítica mútua, mas apenas de retórica.

domingo, 5 de julho de 2009

O Pré-Rescaldo

O tão anunciado projecto de estatuto da PSP, documento importantissimo para o futuro dos seus profissionais, Instituição e sociedade em geral, encontra-se num impasse...
Poderiam surgir várias coinsiderações sobre o conteúdo do projecto e também de todo o processo "negocial", contudo, entendo pertinente avaliar a postura dos profissionais da PSP, no acompanhamento e envolvimento em todo este processo. Pertinente, enquanto principais alvos das consequências que podem advir do conteúdo de tal documento.
Posto isto, fica mais que provado e perdoem-me as palavras, que os elementos da PSP, não conhecem, não querem conhecer e não demonstram um acompanhamento responsável na sua componente civica e interventiva, por tal projecto, ou seja, pelos seus próprios interesses, profissionais e consequentemente pessoais.
Sei bem que, esta situação é um reflexo da vertente educacional e cultural que preenche a sociedade portuguesa, implicita também na massa que compõe o efectivo da PSP, contudo, entendo que é exactamente por aí, que passa a grande preocupação e prioridade. Estou consciente da ingenuidade desta opinião, no entanto, prefiro conotar como desejo de mudança e cerne da questão.
Os profissionais da PSP, relativamente a tudo o que rodeou o projecto de estatuto, demonstraram um desconhecimento de conteúdo, pouco interesse, critica por vezes desinformada ou egoista e fraca adesão e participação nas formas de luta encetadas por aqueles que contrariamente se mostraram informados, atentos, reivindicativos e participativos.
Com isto, quero apenas evidenciar que, a inércia surge a maior parte das vezes, daqueles que deveriam participar na defesa dos seus próprios interesses e não o fazem e enquanto não se alterar este comportamento, cada vez mais e de uma forma "soft", vamos sentindo o nosso futuro a fugir entre os dedos.
Uma palavra à ASPP/PSP, que demonstrou, apesar das considerações e avaliações injustamente tidas, uma postura e pressão exercida junto do poder politico, por vezes com iniciativas tão desejadas pelos elementos radicals e depois invisíveis, quando deveriam demonstrar apoio e coragem.
A todos aqueles que se envolveram nesta luta o meu bem-haja, mas muito está por fazer.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O silêncio dos fracos…

Escrevo estas palavras com alguma reserva, mas também expectativa e não pretendo que sejam entendidas como inocentes, nem tão pouco conflituosas.
Refiro-me a uma avaliação, antecedida de vários contactos, conversas, visitas, observação de comportamentos, atitudes e predisposição, num universo de elementos policiais de todas as classes, de vários serviços e locais.
Uma constante… a critica, este exercício, quase sempre vazio de fundamento ou razão, já atinge um traço cultural da sociedade portuguesa… também reflectido na Instituição PSP.
Esta critica advém, a maioria das vezes, da falta de informação ou desinteresse dos elementos policiais, relativo à sua condição profissional, direitos e deveres, exercício de cidadania e consequente incapacidade reivindicativa.
Poderá aliar-se esta realidade a um olhar autista, individualista, competitivo, por parte dos elementos policiais que secundarizam valores de solidariedade, união e coesão, esses sim, impulsionadores de capacidade reivindicativa.
Com estas características, apenas se promove o afastamento da realidade, o equivoco, a desinformação, a desconfiança com a respectiva critica… sim, a famosa critica…
Caros colegas, acreditem que, muito tem sido feito por parte de alguns que prescindem daquilo que todos gostam, descanso, família, lazer…
Acreditem também que, a transformação da Instituição PSP, embora não pareça notória, porque é dado adquirido, foi-se sentindo, tanto em termos sócio-profissionais, como no relacionamento hierárquico, na liberdade de expressão, de opinião…
Também reconheço que, o passado recente e o presente, evidenciaram e evidenciam dificuldades, alterações penalizadoras, retrocessos, no entanto, para contrariar esses atentados, temos de identificar os responsáveis, unir esforços e sustentar com coesão as estruturas com capacidade reivindicativa e representatividade.
No dia 21 de Maio encontra-se agendada uma grande manifestação de Polícias, motivada, para além dos atropelos à dignidade dos profissionais de Polícia, por mais um impulso da ASPP/PSP, enquanto mais representativa estrutura sindical, atenta e responsável, a qual surge num contexto desfavorável para os profissionais e relevante para um futuro indefinido. A este impulso, associaram-se os outros sindicatos, evidenciando uma união responsável, inteligente e coesa, contra um projecto de estatuto penalizador para os profissionais da PSP.
Neste pressuposto, é esta manifestação, digna de uma presença em massa, solidária e incisiva, preparatória de outras possibilidades reivindicativas.
É também, um teste a todos os críticos e conformistas, para que se redimam da inércia, e para que, esses também, possam ajudar-se a si próprios e desempenhar o seu papel enquanto pilares de sustentação da estrutura que tanto criticam…
Dia 21 de Março, aponta o teu dedo a quem te penaliza e não a quem te defende…
Ajuda a mudar, perde uma tarde, dá o teu contributo…

terça-feira, 14 de abril de 2009

E agora???

Tudo tem limites...
Sei bem que o país atravessa momentos dificeís, sei bem que o desemprego assola a sociedade, sei bem a pobreza que impera, enfim...
Os responsáveis por tal situação serão todos aqueles que tiveram responsabilidades politicas nos últimos anos em Portugal, pois não prepararam o país para suportar factores externos pouco favoráveis, não enveredaram por politicas sociais e deixaram, à semelhança da Europa, que o capitalismo neoliberal, cego e especulativo imperasse. São esses mesmos que agora pretendem permanecer com o mesmo modelo, sustentando-o com o trabalho dos contribuntes, sob a falsa ideia que pretendem passar de "salvação nacional"...
Portugal caracteriza-se por uma cultura peculiar, uma sociedade pouco elucidada, distraída, com memória curta e é com base nestas caracteristicas que o capitalismo encontra a sua sustentabilidade, tendo como "protectores" as diversas personagens politicas dos partidos que durante anos governaram o país.
Faço um apelo a todos os desempregados, operários, pequenos empresários, funcionários públicos, pensionistas, para que avaliem a sua situação actual e se esclareçam do ponto de vista ideológico...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Prós e Contras

Será a Democracia o regime menos mal?
Com o desenvolvimento e com o suceder de determinadas situações, começo a partilhar a ideia daqueles que pensam que é, contudo, faço uma ressalva, os compadrios, os lobbies, os bastidores, etc, estão cada vez mais evidentes...
Há que repensar, dada a especulação, a corrupção, o desnível social, o controlo "encoberto"dos órgãos de comunicação social...

Dia 26 de Abril de 1974, terá sido tomada a melhor opção? Ou não teria sido melhor uma opção mais "democrática", com valores de solidariedade e igualdade a imperar?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Entre a espada e a parede !!!

Todos nós, no nosso dia-a-dia entramos em conflito interno, relativamente à tomada de uma posição.
Fazemos isso porque somos responsáveis, porque ponderamos hipóteses, porque avaliamos os prós e contras e pretendemos maximizar a hipótese mais forte.
Se se reportar esta situação a uma organização, em que a decisão põe em causa o interesse de várias pessoas, onde a estratégia tem de ser equacionada perante a abertura e disponibilidade de uma outra parte, tudo se agrava.
Nesta perspectiva, julgo que, a inocência, a falta de visão, a cegueira por aquilo que se passa e a incapacidade estratégica, aliados à demasiada confiança, ao esquecimento da história recente, ao demasiado acreditar e crédito da outra parte, poderão ser factores decisivos para uma má opção.
Sei bem que não é fácil, mas julgo que, aquando de uma tomada de decisão, deve-se conversar, deve-se consultar e não anunciar de ânimo leve.
O descrédito passa pelos recuos, pelas hesitações e pelo exarcebar de confiança nos actores politicos.
Todos sabemos que a generalidade das massas humanas, as quais solidificam a grandiosidade de uma instituição/organização, por norma agem por impulsos, por radicalismos, contudo, vazios de responsabilidade e estratégica, no entanto, é com base nestas massas que devemos condicionar as nossas opções, isto, para credibilizar a nossa opção e alargar as responsabilidades.
Sei bem, a dificuldade de agilizar este processo, mas, o que pretendo frisar é a ideia de que, a opção a tomar deverá sempre passar pelo conhecimento das massas, e a auscultação de vários quadrantes dentro da mesma instituição.
Por vezes, as melhores opções, surgem do formalismo do núcleo de sempre, aliado ao informalismo dos outros...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Será que é agora?

O desânimo é evidente, fruto de expectativas e promessas criadas e sempre adiadas...

A crise veio agudizar o estado da situação, há problemas que se arrastam, há questões que já deveriam estar resolvidas e permanecem, há uma condição especial que foi atropelada, há um aumento da criminalidade e da prática de um crime mais violento, há a necessidade urgente de um estatuto profissional que vá ao encontro das necessidades reais, desde a aplicação de uma tabela remuneratória justa, passando pelo reconhecimento da necessidade de um subsidio de risco, com uma definição clara de progressão nas respectivas carreiras, clarificação do sistema de avaliação, entre outros... Mas há também uma estratégia muito bem montada, baseada na imagem, no marketing politico que contraria tudo isto.

Será necessário admitir a dificuldade inerente a qualquer iniciativa encetada, desde logo, pelo desânimo presente, pela falta de dinâmica civica, pela falta de convicção daquilo que se defende, pela inércia evidente de criticos que não demonstram qualquer envolvimento, nem tão pouco consciência do que são e do que querem...

Para esses, apenas uma palavra... continuem assim, pois, o obtido até ao momento é demasiado...

É este o momento de marcar uma posição firme, unida e convicta, demonstrativa de um mal-estar colectivo, que se traduza numa união que atravesse e se incorpore na opinião pública e daí se retire legitimidade da contestação e da acção.

Os argumentos pontuais e quase sempre utilizados, o receio, o medo, são obstáculos que não são admissíveis, dada a importância do momento.

Faço um apelo para que todos se envolvam neste processo responsável, firme, convicto e sustentado e aos criticos de sempre, aproveitem para apontar a sua ira e argumentos aos efectivos responsáveis pelo actual estado da situação... aí sim, desempenharão um papel positivo...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Indicios perigosos...

Algo se está a passar... sinto-o, a sociedade está a transmitir sinais de convulsão social.
As constantes noticias sobre a crise, as constantes noticias sobre o desemprego, o alastrar de sectores afectados, a escala global, a ineficácia e a falta de respostas à altura que contrariem esta tendência, demonstram que as pessoas estão descontentes, cinzentas, tristes e revoltadas.
A resposta para a origem do problema é a maldita crise, mas quem será esta Srª de quem tanto se fala e não se sabe bem quem é?
E esta crise, surgiu do nada? E esta crise é consequência de um modelo errado? é consequência de falta de acompanhamento desse modelo? há responsáveis? é um processo inevitável? a argumentação crise serve para justificar tudo? há alguém a encher os bolsos à custa da crise?
Portugal reflecte dificuldades e face à conjuntura internacional essas dificuldades tornam-se mais dificeís de ultrapassar, mas o mais intolerável é a ausência de uma concertação de esforços e um constante autismo governamental, que insiste em promover politicas de um modelo que na minha opinião não é justo, não transmite valores de igualdade e solidariedade, logo, errado para o desenvolvimento das sociedades e bem-estar das populações.
Por todo o mundo já se assistiu a vários episódios de desordem social motivados por factores como o desemprego, más politicas, pobreza, por isso acordem a tempo de evitar tal cenário.
O governo tem de perceber os sinais, tem de ir ás fábricas, tem de falar com as pessoas, tem de conhecer o dilema de um casal passar por uma situação de desemprego, com filhos para sustentar e sem perspectiva de futuro, tem de olhar para todos os sectores , como olha para o sector da banca, tem de motivar as pessoas e tudo isto passa por novas politicas de educação, politicas de justiça, reais politicas de emprego, baseado nas garantias e enquadrado num modelo económico que não aplique taxas ao rendimento de trabalho superiores ás das aplicações financeiras.
Só assim será possível transmitir uma nova luz, uma esperança para um futuro melhor, tranquilizando a sociedade, evitando que o problema social se converta em problema de (in)segurança, pois neste sector a Srª crise também parece estar presente...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Desafios

A ASPP/PSP (maior e mais representativo sindicato da PSP), após um processo eleitoral, tomou posse para mais um triénio.
Desde logo, existe já uma vitória, que foi o processo eleitoral, sério, transparente, democrático e participado.
Virão mais vitórias? Não sei... Apenas sei que, esta resposta terá de ser dada por todos aqueles que acreditam na força da ASPP/PSP e que se revêm nas suas lutas e opções, em prol dos interesses dos elementos policiais (PSP).
Nestes últimos anos, apesar do constante atropelo e desrespeito por parte do poder politico, fruto de opções erradas e com penalização para os profissionais da PSP, a ASPP/PSP tomou posições, denunciou, reivindicou, acompanhou e propôs, contudo, a cegueira, a surdez e a arrogância governamental, culminou numa redução de direitos, num aumento da criminalidade, num retrocesso de estatuto do pessoal da PSP, num enfraquecimento da imagem da PSP na sociedade civil.
A ASPP/PSP, democraticamente reeleita, permanecerá, espero eu, durante os próximos três anos, firme na luta por um novo estatuto para a PSP, na luta pela melhoria das condições de trabalho, na luta pelo respeito pela Lei Sindical, na luta pela criação de um novo Regulamento Disciplinar, pela dignificação dos serviços remunerados e sempre atenta ao comportamento hostil e agressivo do poder politico.
Este ano também existirão outras eleições, permanecerão? Não sei, apenas sei que, essa resposta terá de ser dada, por todos aqueles que se sentiram afectados nos seus direitos...

Demasiada esperança ?

Será que o mundo entrou numa nova era?
A questão é pertinente e surge da eleição do Senador Obama para a presidência dos EUA.
No inicio da campanha e com o seu auge, passando pela luta partidária, onde Obama competia com Hillary Clinton até ao confronto com o republicano McCain, foi possível constatar a dinâmica de Obama, com realce para o seu poder de imagem, retórica, capacidade de envolvimento de massas até ao apoio económico, normalmente mais vistoso nos republicanos.
Outra perspectiva passa pelo facto da sua visão do mundo, suas raizes e sensibilidade.`
Até à sua vitória, principalmente pela sua cor de pele, criou em todo o mundo, uma expectativa e esperança de que todos os problemas se iriam resolver, expectativas essas legitimas tendo em referência os oito anos de uma era Bush, marcadamente conflituosa e unilateralista.
Contudo, após a formação da sua equipa, com a tentativa de agradar às várias tendências politicas dos EUA, demonstrou afinal que os destinos da maior potência mundial não dependem da cor, bondade e sensibilidade de um homem só. Acredito que, Obama pretenda solucionar as más politicas tomadas, quer no âmbito interno, quer no âmbito externo, no entanto, vislumbro maiores resultados no âmbito interno, desde logo, porque, o mundo durante estes últimos oito anos sofreu alterações profundas no jogo geopolitico e interesses estratégicos, para além do crescendo ódio "aos americanos".
Não quero dizer com isto, que os desafios internos sejam relativamente fáceis de resolver, certamente que não serão, a crise financeira, que facilmente passará a social, o desemprego, as desigualdades, a especulação bolsista e as dificuldades das empresas que "ameaçam" fechar, são certamente problemas de difícil solução.
Quero apenas realçar que, dado o papel que os EUA desempenham no mundo, estatuto esse adquirido ou permitido, as barreiras a ultrapassar na vertente externa, do meu ponto de vista serão muito mais complicadas e muito mais avaliadas.
Neste pressuposto e fazendo ligação à constituição da sua equipa governamental, bem como às expectativas criadas antes do conhecimento desses rostos, pressumo que muita gente tenha recuado na sua esperança.
Nomes como Clinton, Biden entre outros representam tudo menos renovação, muito mais em cargos de destaque numa qualquer administração, para não referir as ligações e opções politicas.
O que pretendo vincar é que a imagem transmitida em todo o processo eleitoral pelo Senador Obama, é um pouco contrariada pela imagem retratada pela constituição da sua equipa, tanto na vertente de renovação, como na vertente de visão e bondade.
A posição a tomar em cenários como o Iraque, Afeganistão, relacionamento com Irão, Cuba, Venezuela, competição com Rússia, China, contributo para o conflito israelo-palestiniano, solução para Guantánamo, são incógnitas que ajudam a decifrar algumas incompatibilidades entre a vontade, bondade e visão de Obama e as opções conhecidas de Clinton, entre outros.
Não creio que a formação da equipa de Obama, tenha tido como factores inocência ou falta de conhecimento, certamente não terá, contudo, presumo uma dificuldade, no que concerne à concertação de esforços para uma posição única a tomar.

Apesar destas considerações, aguardo que este homem, que conseguiu colocar milhões a manifestarem-se, milhões a acreditar, seja a solução, pelo menos, para uma visão multilateralista do mundo, nova abordagem na questão do ambiente, com respeito pelos tratados, instituições e organismos internacionais, com base no diálogo e respeito pelas outras culturas, começando já pelo encerramento da prisão "Ocidental" de Guantánamo, que mais não é, que uma falta de moral e legitimidade para qualquer critica que se faça aos "não ocidentais".

yes, we can

domingo, 4 de janeiro de 2009

Será ignorância ou má fé ?

Todos sabemos o "peso" dos orgãos de comunicação social e o impacto que as notícias de jornais têm no público.

Contudo, convém avaliar aquilo que se lê, fazer uma leitura nas entrelinhas, apurar a intencionalidade e ambiente em que surgem determinadas noticias.

Refiro-me em concreto a uma noticia do Jornal Correio da Manhã, onde se fazia referência às supostas alterações no Estatuto da PSP, documento esse de enorme relevância para a vida dos elementos dessa corporação.

Nessa mesma notícia são divulgados dados que, dada a especificidade, suscitou os mais diversos comentários contra os Sindicatos.

Ora, em meu entender, a responsabilidade das notícias, quando não são oficiais por parte das instituições que as divulgam, terão de ser avaliadas, ponderadas e questionadas, não proceder da forma mais injusta e fácil, que é criticar aqueles que defendem os tais "criticos"...

Determinado comentador destas noticias, dizia e cito "acabem com os sindicatos", ora, eu questiono, isto será ignorância ou má fé?

Presumo que seja ignorância, pois só uma pessoa distraída, que não acompanha a actividade sindical, as propostas, os programas e demais actividades, pode fazer uma afirmação descabida.

Questiono, saberá este "critico" o que custou o direito e liberdade sindical, conhecerá o papel desempenhado e a desempenhar pelos sindicatos, no ambiente onde se encontra inserido, bem como na sociedade em geral?

Começa a ser um pouco cansativo, para não falar em ingratidão, suportar criticas injustas e quase sempre descabidas ou meramente destruivas, reconhecendo contudo, o desacreditar constante que impera na sociedade em geral e em particular na PSP, fruto de expectativas frustradas, dificuldades operacionais e de carácter socio-profissional. No entanto, todas estas condições e estado da situação têm responsáveis, responsáveis esses que, serão aqueles que alteraram por via legislativa direitos e regalias, outrora defendidos e conseguidos por alguns, que diminuiram a imagem e estatuto dos profissionais da PSP, que possuem uma visão "economicista" na gestão de uma instituição que trata da segurança, que atropela direitos consagrados na Lei, na vertente de negociação sindical.
Presumo que seja uma característica cultural deste cantinho europeu, a mera critica superficial e com desconhecimento factual e de causa, também encarcerada nos elementos da PSP que, injustamente criticam quem tanto combateu pelo direito á critica !!!