Páginas

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alguém faça algo...

Num exercício de zapping pela TV, parei momentaneamente no célebre programa "Casa dos Segredos" e em alguns segundos constatei que... este país está um caos! Questionava uma "voz" aos participantes do programa, algumas perguntas do género, qual o nome do Primeiro-ministro de Portugal, e do Presidente da República e do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e do Porto. Deixo apenas algumas das respostas, quanto ao Primeiro-ministro a resposta foi... "oh pá é aquele homem...", quanto ao Presidente da Câmara de Lisboa a resposta foi "nem do Algarve sei, quanto mais de Lisboa..."

Reconheço a dificuldade, no actual contexto em pronunciar o nome do Primeiro-ministro de Portugal, posso até considerar o Algarve como uma cidade, mas, o que importa salientar é a necessidade de proibirem este tipo de programas, sob pena de em breve, o nosso país ser assolado por um "colossal" bando de "ignorantes"...

sábado, 22 de outubro de 2011

Democracia versus Ditadura

A diferença entre democracia e ditadura não é assim tão liquida...

O Iraque e a "anulação" do seu ditador foi alvo de críticas por alguns sectores (filmagem do seu enforcamento).

Recentemente na Líbia e a forma como capturaram o seu ditador e o "anularam" foi também um método questionável.

Reconheço que, anos e anos de ditadura, anos e anos de tortura, de injustiças, de falta de liberdade, provocam nos homens desejo de vingança, mas,

a elevação do homem e da democracia é a tolerância e nesse sentido, as pseudo-democracias que surgem após os regimes ditatoriais Iraque e Líbia, neste caso), não iniciam esse processo da melhor forma. Porque começam do zero, com actos questionáveis à luz da própria democracia (linchamento, homicídio e falta de respeito pelo ser humano)...

Já agora, seria importante reflectir se, o tratamento dado a alguns ditadores, não se aplicaria também a outros, e questionar porque não acontece...

A política internacional e os interesses das potências "democráticas" pela passividade, pelos objectivos a alcançar e pela visão do sistema mundial são tudo menos DEMOCRACIA.

domingo, 16 de outubro de 2011

Apelo...

Caros cidadãos;

apelo aos adeptos de futebol que dediquem a sua disponibilidade, interesse e paixão para com o futebol, também à causa da defesa dos seus direitos sociais.

apelo aos apaixonados pelas novelas (brasileiras e portuguesas) para que, dediquem a mesma atenção às alterações políticas e sociais que se passam no actual contexto nacional e internacional.

apelo aos dedicados telespectadores dos programas dos gordos e da casa dos segredos, para que dediquem o mesmo interesse pelas acções e iniciativas de luta promovidas pelos representantes sindicais e demais forças sociais.

apelo à maioria dos eleitores deste país, para que, antes do exercício desse nobre direito/dever (eleger) analisem e avaliem antes da prática desse mesmo acto.

Não podemos continuar a criar o problema e depois criticar os executantes do problema por nós próprios criado... (tem sido assim nos últimos trinta e poucos anos)...

domingo, 9 de outubro de 2011

Outros caminhos...

Tem-se assistido a opiniões quase que "fundamentalistas" que transmitem a ideia que determinadas opções politicas são incontornáveis e como única possibilidade.
Alega-se novo contexto, fundamenta-se com a crise, com o défice, com anteriores abusos e com muitos direitos anteriormente adquiridos.
Alega-se ainda a falta de dinheiro, a bancarrota da segurança social, a bancarrota dos regimes de protecção.
Esta mensagem torna-se perigosa, desde logo, porque coloca qualquer observador, como um ignorante “rendido” a esta tese.
Tese esta, que muitos não querem admitir, tratar-se sim de bancarrota, mas de bancarrota de um sistema capitalista que provocou o aumento de injustiças sociais e uma visão financeira, uma visão de mercados, uma visão de números, uma máquina ao serviço de interesses especulativos e de economia virtual.
Esta tese é ainda perigosa porque assenta numa opção que não serve à maioria, mas a uma minoria esclarecida, bem instalada e com muito poder, criadora do actual contexto.
Chegados a esta realidade, o patamar seguinte será o patamar da reacção a esta mensagem e a esta ideia de que não há alternativas, de que tem de se cumprir as directivas impostas (internas e externas), de que tem de se poupar, pagar mais e perder direitos...
Nesta reacção há a necessidade de esclarecimento sobre a verdade dos factos e sobre os interesses instalados e não assumidos.
Depois temos o papel a desempenhar pelos movimentos e grupos sociais que têm uma responsabilidade relevante, em virtude da imagem dos partidos políticos, altamente secundarizados, por culpa de constantes maus governos e maus políticos.
Nesse papel, destacam-se as organizações profissionais, de consumidores, de utentes, de utilizadores, entre outros, os quais devem adoptar uma leitura astuta, para combater constantes ataques bem delineados e bem definidos.
Os movimentos espontâneos que agora surgem, deixam dúvidas, dúvidas que assentam na própria espontaneidade e dúvidas que assentam na perigosidade de aproveitamentos de terceiros ou daqueles que amparam o próprio sistema…
Face a esta realidade, julga-se como urgente uma avaliação interna nas estruturas representativas de trabalhadores, de clientes, de consumidores, entre outros, que deverão ajustar o seu funcionamento e actuação às exigências dos contextos, como sendo o único garante da manutenção de direitos e regalias dificilmente adquirido(a)s e susceptíveis de manutenção no presente e futuro.
Estas estruturas não deverão anular a sua história, as suas formas de contestação e de luta, que foram as responsáveis pelas vitórias e pelas conquistas, mas devem sim, promover um debate interno, alargado e lúcido que permita uma adequação e proporcionalidade dos combates futuros ao contexto político, económico e social que configuram pressupostos e características também diferentes do passado.
O que tem de ficar bem claro, é a ideia de que a politica existe para servir as pessoas e que nada é dado como adquirido e que as sociedades são aquilo que os povos, aquilo que as pessoas entenderem como benéfico, apenas falta essa consciência ser alargada e assumida, principalmente por aqueles que desempenham papéis sociais de relevo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Demagogia

Defende-se também seriedade no desempenho da actividade sindical.

Essa seriedade deverá reflectir-se na acção sindical, e ainda nos objectivos que se pretende atingir, objectivos esses que serão atingidos, depois de ultrapassados os obstáculos.

Neste sentido, depois de avaliar um recente comunicado emanado por duas estruturas sindicais da P.S.P (SNCC e SINAPOL), facilmente se vislumbra falta de seriedade e ainda os objectivos e obstáculos, ou seja, falta de seriedade, porque feita a cronologia recente, um desses sindicatos já havia anunciado medidas de um radicalismo exacerbado, inclusive com apelos ilegais à greve, sendo que, vem agora dar duas semanas para o governo resolver os assuntos pendentes.

Já o outro, tanto critica terceiros por leviandade na luta, acusando mesmo de "brincar às reivindicações" e vem também agora dar mais duas semanas ao governo.

Esses mesmos sindicatos utilizam constantemente uma retórica contundente, mas quando outros utilizam medidas contundentes, demarcam-se e acusam de precipitação...

Esses mesmos sindicatos ora avançam pelas vias judiciais, como depois propõem ao governo que os reposicionamentos remuneratórios se processem por títulos do tesouro, assim como, um deles toma posições contrárias aos interesses dos seus associados, na defesa cega dos seus …dirigentes.

Esses mesmos sindicatos defendem por exemplo que não se aplique normas que constam do estatuto profissional e que se traduzem em aumentos remuneratórios em todas as classes.

Penso que sobre seriedade estamos esclarecidos.

Quanto aos objectivos a atingir, sinceramente parece não passarem pela defesa dos direitos dos profissionais da P.S.P, mas mais, pela tentativa de secundarizar as iniciativas de outras estruturas sindicais, porquanto, os seus comunicados são dirigidos ao trabalho sindical de outros sindicatos, com conteúdos de baixo nível e mentiras.

A marcação das suas acções, são temporalmente e contextualmente vincadas para o combate, não ao governo, mas às acções de outros sindicatos, os seus anúncios, normalmente folclóricos mas de objectividade quase nula, surgem como forma de fazer notícia de jornal, com que objectivo, claramente aparecer como reacção a outros.

Esta realidade é notoriamente detectada, numa simples retrospectiva pelos últimos meses que sinceramente não me dou ao trabalho de fazer.

Toda esta actividade é ainda complementada com ataques pontuais e locais, com mentiras e desinformação, não tendo os governos como alvo, mas sim, colegas de profissão.

Para concluir, os polícias são astutos e inteligentes, apenas podem é não ter a informação necessária para fazer esta avaliação, mas lembrem-se que, a desunião começou quando alguns criaram estruturas múltiplas, para que efeito?

São estes a quem me refiro, que depois falam na necessidade de união... pratiquem-na de uma forma muito simples, renunciem e candidatem-se dentro da estrutura dos primórdios do sindicalismo na P.S.P , aliás na sequência daquilo que já vos foi proposto e que vocês não aceitaram...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

COPS

Na TV, assisti ao COPS, célebre programa norte-americano, onde se retratam algumas intervenções policiais...

Por norma não assisto a este género de programas, desde logo porque não me identifico com exploração televisiva de situações de segurança, depois porque tudo o que vem dos americanos, reveste uma imagem que em nada se relaciona com o conteúdo.

Mas concretamente nesse episódio, o que estava em causa, era uma operação montada por uma polícia estadual, enquadrada por pessoal à civil e apoiada por elementos de comunicações e apoio de elementos uniformizados, os quais após comunicação faziam uma investida juntos dos pseudo-compradores de marijuana. O pessoal policial à civil, passavam-se por traficantes e tinham a responsabilidade de efectivar a venda.

Que leitura faço disto? Pois;

Primeiro e apesar de em termos de show ser muito interessante (para alguns), em termos de serviço operacional vale zero, porque não está em causa um ilícito criminal real, não estão em causa os causadores do tráfico, estão apenas aqueles que nem tão pouco são suspeitos, porque não existe ilícito criminal. (faço enquadramento moral, não em termos legais…)

Segundo, porque os norte-americanos possuem um sistema complexo e absurdo, porquanto originam e/ou patrocinam os problemas, ignoram evitá-los noutros campos (social por ex;), mas depois reagem repressivamente.

Terceiro porque, investem uma violência totalmente descabida, despropositada e por vezes (quase sempre) desnecessária.

Quarto, invertem o ónus, logo no local, limitando no imediato o percurso da aplicabilidade da lei.

Muito mais podia dar como exemplo, mas creio não ser necessário.

Preocupa-me não esta realidade, mas sim, existir quem concorde, consuma e se identifique com esta realidade, mesmo aqueles que em países onde este absurdo não se passa.

Falamos de alguém que, apesar de forte investida policial, mantêm os maiores índices de criminalidade mundial, apesar de se tratar de uma "democracia" muito critica e activa para “algumas” ditaduras, mantém a pena de morte, apesar de aplicar e avaliar o respeito dos direitos humanos aos outros, não o aplica ao próprio, apesar de enviar ditadores para o tribunal penal internacional, não se sujeita à sua jurisdição, apesar de bombardear e perseguir aqueles que pretendem obter energia nuclear ( e mesmo os que não têm), possui milhares de armas nucleares...

domingo, 11 de setembro de 2011

Basta...

Basta...
por Paulo Jorge Santos a Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011 às 6:15
Assistindo ao que tem sido implementado pelo actual governo, assistindo à postura e perspectiva do maior partido da oposição (no último congresso), olhando para o passado recente, lembrando-me do caminho e modelo da Europa, tendo como dado adquirido aquilo que se passa no mundo, estou muito preocupado com o futuro... tudo é contabilidade, tudo é finança, tudo é interesse, tudo gira por dinheiro... o Homem já nada controla, a política deixou-se anular pela capital, os povos já não escolhem o seu bem-estar, a sociedade já não tem capacidade de alterar o rumo! Mas afinal quem comanda? As pessoas (cidadãos do mundo) não percebem que está na altura de reestabelecer a harmonia, o social, o direito a uma vida estável, imune a números? Ou ficam parados, apáticos e distraídos com banalidades, futebol e novelas? Ou preferem acreditar na mentira que alguns tentam passar que não há alternativas, que é assim porque sim, que é tudo igual, que não há dinheiro? O destino não assenta no transcendente, ou na obra de nosso senhor, o destino está nas mãos dos que não se conformam. Aqueles que mais esclarecidos, concertados e defensores de causas sejam elas de que índole forem, devem impulsionar os outros, devem alertar, devem dinamizar, para evitar que qualquer dia o sol seja privatizado, ficando todos os outros (larga maioria) na sombra "penumbra"...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carta de desânimo

Sr. Primeiro-Ministro
Sr. Ministro de Estado e das Finanças
Sr. Ministro da Administração Interna
Exmo.(s). Senhor(es).
Na qualidade de cidadão português e na qualidade de profissional que pertence aos quadros da Polícia de Segurança Pública, nobre instituição centenária, garante da segurança de pessoas e bens e um dos pilares da democracia e do estado de direito;
Venho por esta via, dirigir-me a V/Ex.ª, dada a realidade política, social e a minha condição sócio-profissional que atingiram proporções inimagináveis.
Sou agente da Polícia de Segurança Pública desde 2000, entrei para esta instituição com espírito de dever e desde dessa data, desenvolvo as minhas funções com profissionalismo e dedicação. Mas também entrei com uma legítima perspectiva de carreira e de estatuto profissional.
Desde a data que me encontro na instituição P.S.P, passaram vários governos, vários ministros, vários responsáveis, aplicaram-se vários modelos, várias políticas, várias alterações, mas todas com um denominador comum, reflexos negativos do ponto de vista profissional e consequentemente reflectidos no aspecto motivacional, o que aliado às políticas gerais, provocaram também reflexos em termos sociais.
Durante os onze anos que me ligam à instituição P.S.P, investi num curso superior, em diversas formações internas e externas, para valorização pessoal, mas também profissional.
Estes onze anos que me ligam à P.S.P ficam marcados por congelamentos, por cortes, por limitações, por alterações de regras, com a implementação de regras penalizadoras, em promoções e progressões, que culminou numa perspectiva de carreira totalmente gorada.
Neste mesmo período, as condições de trabalho pioraram, em instalações, em meios, em viaturas, em higiene e segurança no trabalho que nesta instituição nem tão pouco existe.
Encontro-me inserido numa instituição onde o mérito não é valorizado, onde a dedicação não é reconhecida, onde a formação de nada serve, onde as qualidades não são aproveitadas, onde não existe um modelo uniforme de trabalho, onde as leis não são cumpridas, onde impera a teoria da superioridade “artificial”, onde a comunicação interna é adulterada, onde os níveis de responsabilidade são aplicados desproporcionalmente, onde os regulamentos são aplicados mediante pessoas ou interesses, onde ninguém assume responsabilidades, onde não há “líderes”.
A P.S.P é uma instituição sem estratégia, sem uma visão de futuro, que vive apenas o dia-a-dia, é uma instituição desprovida de camaradagem, refém do poder político.
Direi ainda que é o reflexo da sociedade portuguesa ao momento.
Nestes onze anos, vi as exigências de serviço aumentarem, vi a prática do crime mais sofisticada e perigosa, vi uma desvalorização da minha profissão, vi um poder judicial que demonstra não conhecer o trabalho operacional, vi governos que encaram a segurança interna com objectivos meramente produtivos, criando modelos de repressão rodoviária, com intuitos contra-ordenacionais.
Nestes onze anos, vi o custo de vida aumentar, vi para os polícias e pessoas que vivem do rendimento de trabalho, cortes e mais cortes, vi sectores da sociedade com aumentos brutais de lucros e rendimentos, vi injustiças sociais e sacrifícios muito mal distribuídos.
Em termos profissionais e pessoais, constato que o actual governo, prossegue com a mesma prática política, os mesmos modelos de sempre, inclusive anulando um estatuto profissional e o seu conteúdo por razões orçamentais, congelando uma vez mais o meu ordenado, congelando possíveis concursos, colocando-me estagnado e barrado em termos de carreira, onde me encontro desde 2005, retirando metade do subsídio de natal, retirando-me percentagens no meu ordenado e suplementos.
Por tudo isto, demonstro respeitosamente, a minha profunda desilusão, desânimo e desmotivação, por ter sido mal tratado pelos sucessivos governos do meu país e por continuar a ser.
Respeitosamente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A hipocrisia do sistema...

Surgem agora apelos dos milionários, no sentido da sua vontade e predisposição para ajudar e contribuir para a crise !!!

Warren Buffett "multimilionário americano" pede aos politicos para deixarem de mimar os ricos,

Milionários franceses admitem imposto especial sobre grandes fortunas.

Em Portugal, após essa abordagem, os mais ricos admitem ajudar também o combate à crise...

No entanto, Américo Amorim "o homem mais rico do país" com uma fortuna a rondar os dois mil milhões de euros, sobre esta situação diz, "nada dizer,por não se considerar rico, mas sim um trabalhador"...

O sistema capitalista causador do colapso no mundo, na europa e em Portugal, motivo das mais graves injustiças sociais, de opulência versus fome, extravagãncia versus baixos salários, especulação versus desemprego, vem agora demonstrar toda a sua hipocrisia e demagogia, com aqueles que durante anos exploraram, virem agora solidariamente ajudar simbolicamente algo que eles causaram...

Em Portugal, tantas propostas já apresentadas e chumbadas, tantas oportunidades desperdiçadas,no sentido de se atenuar este desnível social...

Agora que os capitalistas bondosos tiveram um "vipe" solidário, vamos ver o sentido de voto, nas propostas apresentadas por dois partidos politicos, relativas ao imposto extraordinário sobre as maiores riquezas...

Querem a resposta ???

terça-feira, 26 de julho de 2011

Começa a cansar...

Todos sabemos que a politica movimenta-se em terrenos pouco transparentes, com (in)verdades permanentes, falsas promessas e populismos demagógicos.
Salvaguardo aqueles que encaram a politica com coerência, principios e valores e desligados de interesses económicos, os quais, verdade seja dita, serão muito poucos...
Nestes últimos anos, a promiscuidade entre poder politico e económico foi, e é bastante evidente, foram muitos casos, muitas caras, muitos lugares, muitos cargos, muita mistura...
Os sucessivos governos demonstraram sempre uma preocupação na solução dos problemas, no futuro e no emprego, mas apenas dos seus "filiados e amigos".
Quem não se recorda das dezenas ou centenas de casos de "mistura" entre o meio politico e o meio empresarial? Nomes como Dias Loureiro, Jorge Coelho, Fernando Gomes, António Mexia, Henrique Granadeiro, entre outros, são exemplos de gestores-politicos, ou politicos-gestores.
Estes são alguns dos casos mais conhecidos, no entanto, muitos outros de média escala existirão, entre deputados, entre poder local, etc...
O actual governo, durante a campanha, anunciou que não cederia a interesses, nem a "jobs for the boys", transparecendo uma imagem de credibilidade e seriedade.
A juventude de Passos Coelho, assim como, a imagem transmitida aliada à retórica ajudaram, no entanto, fui um dos que, sempre mantiveram alguma reserva, tendo em conta os interesses e os "lobbies" daquele espaço partidário...
Muitos dos meus concidadãos, apostaram neste governo, como sendo um governo de mudança, de futuro e de sucesso, mas permitam-me apenas fornecer um, de alguns exemplos (este governo tem cerca de um mês)...
Passos disse na campanha que não misturaria partido, com lugares de destaque, acaba de nomear António Nogueira Leite (Dirigente do PSD) para Vice da Caixa Geral de Depósitos... depois de alargar a direcção deste banco de sete para dez elementos.
Lembrei-me agora que, Passos disse também que ... não aumentaria impostos, não faria orçamentos rectificativos, disse que os sacrificios eram para todos...
Já cansa...

sábado, 2 de julho de 2011

Férias...mas ...

Encontro-me de férias... juntei uns trocos e vim ao sul do país, fazer um pouco de praia e de piscina...

Não, não sou burguês, a casa é de familia e assim fica mais barato...

Também não sou abusador, não sou daqueles que vivo acima das minhas possibilidades, não sou daqueles que gastam mais do que aquilo que tem, não sou daqueles que os comentadores do sistema, gostam de apontar como os responsáveis pela crise, sou daqueles que todo o ano trabalha e vive do seu rendimento, que paga os seus impostos e que não especula ou vive de dividendos ou de mercados capitalistas... esses sim responsáveis pela célebre crise.

Mas, apesar de estar de férias, não me esqueço da realidade do país e nesse sentido, acompanho os anúncios de cortes, como se de alguma novidade se tratasse e acompanho o programa de governo e os comentários de alguns.

Daqui saliento o seguinte; alguns ficaram muito escandalizados com o anúncio recente do corte no subsídio de natal de 2011, mas ficaram porquê? não leram o programa "troika"? não leram o acordo PSD/CDS? não conhecem a ideologia que sustenta os partidos governamentais? ou votaram pelo intuito ou simpatia pela cor da gravata?

Eu vou ser afectado, como muitos dos meus concidadãos, mas para mim não foi novidade, como não será novidade muitos outros "pontapés" que irei levar no futuro bem próximo.

Também estou atento ao ênfase dado por alguns anúncios do governo, que servirão de exemplo moral, refiro-me às medidas de poupança dos responsáveis do governo nas viagens, na frota automóvel, nos assessores, etc, e sobre isso entendo que, são anúncios que em termos genéricos, ninguém se opõe, mas, sinto que mais não se trata de "areia para os olhos", mais não será que entretenimento para aplicar as verdadeiras medidas, aos de sempre.

Sinceramente, acho que este governo, demonstra falta de coragem, pois continua-se com "medo" de aplicar medidas severas também à banca, aos accionistas e aos especuladores e demonstra também subserviência ao poder franco-alemão, porque não colocar em cima da mesa outras alternativas para pagamento da divida, mas que salvaguardem o aparelho económico português, o aparelho produtivo nacional, no fundo que respeitem a especificidade da economia portuguesa.

Mas continuo a sentir que, muitos dos meus concidadãos, pessoas que como eu, vivem dos seus rendimentos de trabalho, de pensões após uma vida de trabalho, ainda não cairam em si, ainda não reflectiram o suficiente para concluir que esta história (divida) está mal contada, que há alternativas, que o país não sustentará juros altos e mais juros, sem produzir, sem consumir (com cortes as pessoas não consomem), e sem incidir "castigos" aos culpados pela crise, obrigando-os a terminar com economia virtual, com especulação.

A esses cidadãos coloco uma questão, não será melhor dar inicio a uma reflexão (já tardia) sobre a origem da crise, sobre as alternativas para o seu pagamento e necessidade de mobilização para a contestação?

Poderão ao invés continuar a acreditar nos de sempre (aqueles que há cerca de trinta anos nos conduzem ao abismo), poderão ainda continuar a aplaudir uma falsa coragem, poderão vangloriar medidas de moral (acessórias) e poderão dar mais uma oportunidade a estes senhores... mas daqui a nada, vão querer, mas será tarde...

Boas férias... se possível !!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Está quase...

Tenho assistido com alguma atenção à formação do governo, e constato o ênfase dado às caras dos ministros, sua competência técnica e independência.

Bastante ênfase também dado à redução de ministros e em medidas simbólicas de outras reduções.

Ênfase que ninguém dá, à ideologia e opções politicas que sustenta este governo e os senhores ministros, ideologia essa que irá marcar a vida dos portugueses no futuro bem próximo.

Ênfase ninguém dá às medidas que se encontram previstas, tanto no plano "troika", como no acordo governamental "PSD/CDS".

Permitam-me só alertar que, os governos são sempre politicos, não técnicos, pois tomam opções politicas...

Portugal é também conhecido pelo trabalho desenvolvido pelos seus excelentes quadros técnicos, mas, nos seus sectores, porque quando chamados a desenvolver trabalho politico, a história diz tudo...

Isto não vai lá com simpatia, com dez ou quinze ministros, com os tecnicistas, isto vai lá com opções politicas que vão encontro da produção, das pessoas, da realidade histórica, sociológica e cultural do país, isto vai lá com uma posição clara e objectiva do que se pretende para o país, para a Europa e para o mundo, a predominância do factor politico sobre o factor económico, o respeito pela pessoa, enquanto ser humano e não como instrumento de uma qualquer máquina.
Isto vai lá com uma visão alargada de uma sociedade justa, solidária, com igualdade de oportunidades, com uma justiça para todos e uniforme na sua aplicação, e obviamente com criação de riqueza, com rigor nas contas, com poupança e com trabalho, mas, para todos e não para alguns...
Isto vai lá com um combate efectivo aos interesses económicos instalados na Europa que pretendem apenas construir uma Europa financeira e especulativa de alguns,impondo aos demais países o seu modelo e interesse, contrariando todos os preceitos sociais, universais e culturais que lhe deram origem!

Há muita esperança neste governo, há sede de mudança, mas...

Espero estar enganado...

Aqui vai;


Para além do congelamento nas progressões (que dura há muito),
há um défice e/ou corte das deduções de IRS (saúde, educação, amortizações nos juros de habitação),
há aumentos elevados na energia (transportes, combustíveis, luz, gás, pelo aumento do IVA),
há aumento na saúde,
nos bens alimentares (pelo aumento do IVA),
e o anunciado fim do SAD/PSP.

Mas estas medidas são as conhecidas... e vão sendo aplicadas de forma gradual (de leve) e algumas de forma indirecta (com habilidade).



Abaixo identifico as célebres medidas;


Já não é novidade, mas nem por isso deixa de ser uma dura verdade. Os novos ministros do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, independentemente da sua vontade, vão ter um programa de actuação pré definido. O memorando de entendimento entre a ‘troika' e Portugal assim o obriga. Mas este será um programa particularmente duro para as famílias, que terão de fazer uma ginástica maior com os seus orçamentos. Aumentos de impostos, cortes nas pensões, subida das taxas moderadoras e dos custos da habitação são algumas das medidas mais penalizadoras. Saiba quais as principais medidas que o Governo terá de implementar.

1 - MENOS DEDUÇÕES NO IRS
Os contribuintes vão passar a fazer menos deduções no IRS já a partir de 2012. Vão ser introduzidos tectos máximos às deduções que as famílias podem fazer com as despesas de saúde, educação, entre outros. A proposta não é nova e já tinha sido apresentada pelo PS no PEC I, tendo sido chumbada pelo PSD. Com o memorando vai mesmo para a frente. Os limites máximos vão variar consoante os rendimentos dos contribuintes. Por outro lado, será introduzido um limite às deduções da saúde. Actualmente, os contribuintes podem deduzir 30% das despesas que fazem com a saúde, não havendo um montante máximo. O novo tecto será então introduzido no próximo Orçamento do Estado.

2 - APOIOS SOCIAIS PREJUDICADOS NO IRS
As famílias em que um dos cônjuges recebe apoios sociais do Estado como o subsídio de desemprego, abono de família ou subsídio de maternidade será prejudicado no IRS. É que estes rendimentos vão passar a contar para o cálculo da taxa de IRS que será aplicada. Ao serem somados, o rendimento anual da família será mais elevado podendo levar a uma subida de escalão de IRS.

3 - MAIS ENCARGOS COM A CASA
Os proprietários e inquilinos vão pagar mais pelas suas casas: as deduções de amortizações do empréstimo à habitação e das rendas da casa serão eliminadas. Já a dedução dos juros pagos no âmbito dos créditos contraídos vai ser progressivamente cortada. Além disso, a isenção de IMI a que muitos proprietários têm direito será encurtada e retirada progressivamente. Outro dos aumentos advém da avaliação das casas, que deverá agravar o montante pago pelos proprietários.

4 - IVA SOBE NA ELECTRICIDADE E GÁS
Serviços essenciais como a electricidade e o gás também vão subir de preço, com os impostos a serem novamente os responsáveis pelo agravamento das facturas. Assim, a electricidade e o gás deixarão de ter direito à taxa reduzida do IVA, de 6%, passando para 13% ou 23%. Falta ainda definir o aumento concreto da subida.

5 - SUBSÍDIO DE DESEMPREGO MENOS GENEROSO
A duração máxima do subsídio de desemprego vai ser reduzida para não mais do que 18 meses. O montante a receber também vai ser reduzido: não ultrapassará os 1.048 euros mensais. Além disso será introduzido um perfil decrescente de prestações após seis meses de desemprego, com uma redução de pelo menos 10% do montante de prestações. Aos cortes no subsídio, junta-se a maior facilidade de despedir por inadaptação e por extinção de posto de trabalho.

6 - PENSÕES ALTAS TÊM CORTES
Os salários na Função Pública e as pensões (do sector público e privado) serão congelados até 2013, com excepção das pensões mais baixas. Além disso, sobre as reformas a partir de 1.500 euros incidirá uma contribuição especial. Os pensionistas também pagarão mais impostos: é que o regime de IRS - até aqui mais favorável para os reformados - vai convergir com o dos trabalhadores por conta de outrem.

7 - SALÁRIOS CONTIDOS
No sector privado, é de esperar aumentos de acordo com a produtividade e cortes no valor das horas extraordinárias (que não deverão superar 50% do montante da hora normal, ainda que a contratação colectiva possa fazer variar o valor). Os bancos de horas também poderão ser negociados directamente.

8 - UTENTES PAGAM MAIS PELOS CUIDADOS DE SAÚDE
Os utentes terão de pagar mais pelo acesso ao Serviço Nacional de Saúde. De um lado, as taxas moderadoras vão subir, do outro haverá menos utentes isentos. Isto porque os critérios de isenção vão ser revistos. As urgências e consultas externas serão as mais penalizadas. Esta medida tem impacto já em Setembro deste ano.

9 - CORTE NAS INDEMNIZAÇÕES
Os novos trabalhadores que venham a ser despedidos vão passar a ter direito a indemnização de 20 dias por cada ano de trabalho, 10 dos quais pagos por um fundo empresarial a criar. As regras acabarão por se estender aos actuais trabalhadores em 2012, mas sem perda de direitos. E depois, haverá nova revisão dos montantes, em linha com a média europeia.

10 - TRANSPORTES PÚBLICOS MAIS CAROS
Os preços dos transportes vão subir. As empresas terão de apresentar uma proposta para rever as tarifas.

11 - ADSE LIMITADA
Os benefícios dos subsistemas de saúde públicos como a ADSE, dos polícias e dos militares vão ser cortados. Na prática, estes utentes vão passar a pagar mais pelos serviços médicos.


Quantas medidas viram para o sector bancário e para o sector especulativo, responsável pela anunciada crise??

quarta-feira, 1 de junho de 2011

2011 - Mais do mesmo.

Está a terminar mais uma campanha eleitoral e ... ainda bem!

Por estas alturas revolta-me assistir a tanta ignorância, oportunismo, estupidez, pequenez, parcialidade e os comentadores do costume...

Sei que estas eleições são diferentes, porque apesar de se eleger um "parlamento" e daí um governo de forma extraordinária, quem nos vai governar (troika)já traçou o futuro, daí dizer, este processo eleitoral, vale o que vale...

Mas quando ligo a tv, sinto uma revolta interna por duas razões, primeiro porque o povo que aborda os candidatos, demonstra ...sei lá, demonstra estar atento a tudo, menos ao país real..., segundo porque, não compreendo (ou melhor compreendo)porque razão, se são todos candidatos e os votos ainda não foram contados (todos partem do zero), porque razão a tv dedica três horas a falar de um, ou dois partidos politicos e candidatos e trinta minutos com outros...

Será que é por isto estar tudo comprado? E as sondagens, quem as paga?
E os comentadores? E a amplitude da comunicação social? E a deturpação dos órgãos de comunicação social?

Só me resta dizer, a democracia é conhecido pelo "menos mal" regime politico, mas eu discordo, porque a luta é desigual.

Vou votar, como sempre fiz, porque é um dever civico e um trunfo, mas vou votar em consciência e não influenciado por este contexto doentio...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

FMI “o bom amigo”

A história;

Portugal viveu uma ditadura durante décadas, saindo dessa ditadura em 1974.
Após a revolução, tempos quentes surgiram, por via de duas visões diferentes para a sociedade, vincou a linha Soarista com apoios de direita (à altura mais centro, fruto do contexto político e social)...
Depois começaram os governos PS/PSD/CDS, com a implementação de políticas que entenderam ser as melhores, com uma visão assente nas privatizações, com pretensões de tirar alguma carga dos valores de Abril à Constituição, preparando o país para aderir à CEE.
Depois veio a CEE e muitos milhões... Era governo o PSD (actual Presidente da República), e os agricultores, os pescadores, a grande produção nacional ficou limitada às directivas europeias, os fundos foram aplicados indevidamente, não se formou, não se educou, não se aplicou na produção, aplicou-se na iniciativa privada, nas quintas alentejanas de fim-de-semana, etc.
Portugal foi avançando assente no sector terciário (serviços), secundarizando sectores de produção (ora com potenciais enormes, como azeite, tomate, cortiça, pesca, metalurgia, sectores energéticos como o vento, o sol, etc.).
A Europa seguia para um futuro, sempre conduzida pelo directório Alemanha/França, aplicando um conjunto de medidas que salvaguardasse o interesse desses países, e depois o interesse desses países, ainda é assim...
Depois surgiram os governos PS, com interregnos PSD/CDS, e continua-se a privatizar, principalmente sectores estratégicos, como a EDP, CIMPOR, PT, etc...
Dá-se origem a empresas municipais, a falta de fiscalização dos dinheiros públicos continua, a falta de formação profissional dos portugueses é evidente, os valores da "outra senhora" ainda se reflectem na cabeça de muitos empresários, responsáveis e gestores, atribui-se subsídios sem critérios e sem fiscalização, apenas pela caça ao voto (não sou contra os subsídios), o sector bancário tem aquilo que quer, um povo fraco e com desejo de gastar, terreno fértil para aplicar a sua arte, presenteado pela bondade política na aplicação de impostos...as famílias ricas do país (Mello, Espírito Santo, Azevedo, Amorim) aproveitam o terreno e reorganizam-se, os governos, ajudam entregando sectores estratégicos a esses senhores, sob a capa de que a concorrência leva à descida de preços, ora nem mais, nada disso se passa...
O povo vive alegre com futebol, telenovelas, programas de entretenimento, de shoppings, de crédito fácil, de pouco estudo, de facilitismo, do “deixa andar”, do “gasta mais do que o que tem”, tudo permitido e impulsionado pelos governos (relembro PS/PSD/CDS), por estratégia partidária, eleitoral e politiqueira...

Construiu-se um país com fracos recursos humanos (não refiro habilitações, refiro qualidade), com muitas estradas, estádios de futebol, shoopings, diversão, festas de verão, etc., etc., etc...
Construiu-se um país de fraca aposta cultural, de fraca consciência política, de viver do emprego, não do trabalho, país com fraca qualidade política...

Chegam os anos de 2000, começa o problema, começa a faltar, começa a competição com novos mercados, começa a factura de uma União Europeia que aceitamos, chega a factura de um modelo interno que escolhemos (traduzido pela alternância partidária de sempre), chega a factura do mundo que optamos, tudo começa a tremer.
O Mundo e a Europa não ajudam, pois o modelo de funcionamento é o mesmo...modelo capitalista, assente no sector especulativo e financeiro, onde as “ondas” das agências financeiras e o interesse dos grupos económicos superentendem a política e os povos.

Políticos da “alternância” culpam-se mutuamente (relembro que só PS/PSD/CDS governaram), grande banca, sector especulativo e financeiro, culpam o peso de estado, "cabides com subsídio e saúde" dizem, agora não quero trabalhar, confirma-se, estudantes com habilitações mas não habilitados, começa o castigo, funcionários públicos e classe média pagam uma crise a que não deu origem.

O aperto aos funcionários públicos já não é suficiente, vai-se cortar onde? Aos desempregados, nos subsídios sociais, nas pensões…
Na banca e sector financeiro, não se mexe...apesar da aplicação de mais um imposto, a taxa específica directa está bem abaixo da aplicada nos rendimentos de trabalho, porque será? Será porque representam os tais que comandam a política? As medidas de austeridade implementadas serão sempre apoiadas pelas instâncias europeias e mundiais (BCE, FMI, etc.), a designada concertação…

Começa o desastre, começa o descartar de responsabilidades, começa o conflito político, começa a crítica generalizada e absurda aos políticos, colocando todos no mesmo saco, (reforço que nesta história os governos foram sempre (PS/PSD/CDS)), começa o desnorte e a politiquice, começa o sector especulativo, a banca e os grandes empresários a movimentar-se junto dos seus representantes, pressionando para não se mexer no modelo, mas para aderirem ao crédito externo.
Já tudo vale, é falta de credibilidade, é mentira política do governo, mas do maior partido da oposição, é o “líder das feiras”, aos saltos dizendo “estou aqui”, “estou aqui”, disponível para o poder…
Mesmo apesar das medidas aos de sempre, não dá, temos de ir ao FMI, ou por via directa, ou através da Europa, e como entra o FMI?

O FMI foi criado com um objectivo, mas primeiro convém saber porquê o FMI ou a Europa para resolver esta crise.

Questões;

Conhecem o funcionamento, objectivo e “bondade do FMI” ou do Fundo de estabilização europeu?

Por que razão quando se chega a uma situação limite, se diz, “eles são todos iguais”, serão, serão todos responsáveis?

Porque não se aposta noutra saída para a crise, à semelhança da Islândia? Porque não se fala neste caso? Porque nesta Europa e país, tão proteccionistas do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior banco que, como todos os outros, exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
Após a tão evidente “ajuda” do FMI, surge uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos. Simples não é?

Porque quase não se falou e debateu a proposta apresentada por um dos partidos minoritários do nosso espectro político, com a utilização de obrigações da Caixa Geral de Depósitos e do Banco de Portugal, para resolução do problema, ou até com um pedido de empréstimo por parte do governo português, ao BCE, à semelhança do que a banca faz?

Outra questão, porque se reduz as alternativas de estrutura política, económica e social com as que sempre tivemos?

Reflexão sobre a ajuda externa;

A crise e divida foram criadas pelos sucessivos governos (irresponsabilidade) e pelos sectores bancários e financeiros (interno e externos) (ganância), não por culpa das populações ou dos funcionários públicos.
As agências financeiras internacionais, estão ao serviço de um modelo mundial com interesses bem definidos e exercem pressão (especulação) para os países seguirem um caminho e não outro.

É preciso conhecer os reflexos da ajuda externa nos anos 80 em Portugal no bolso dos trabalhadores e funcionários públicos (em 11 meses de trabalho, quase 3 meses de rendimento foram para pagar a ajuda externa …), perda do 13.º mês, etc.

É preciso confirmar o calendário e agenda alemã, com a implementação das ajudas, serão mera coincidência?

Esta crise não transmite a verdade, o que está em causa não é o financiamento do país, mas sim da banca, já questionaram a defesa e ênfase, à necessidade de ajuda externa, dado por parte banca, pelas agências financeiras, pelos grandes empresários, pela alternância (PS/PSD), pelos comentadores do sistema, pelos grandes sectores empresariais?

A ajuda externa assenta num empréstimo, um empréstimo assenta em garantias e juros, quais serão as garantias? As garantias serão os “PEC”, sempre apontados aos funcionários públicos, agora também aos sectores mais frágeis da sociedade, dada a sua incapacidade reivindicativa.

Conhecem o que se passou na Irlanda, Grécia, apesar da diferença destes países, viram quais os sectores mais penalizados?

Sabem quais as garantias exigidas pela ajuda externa, para poder canalizar a verba? Ao nível de alterações que afectam subsídios de férias, subsídios sociais, redução de salários, inclusive salário mínimo, congelamento de progressões e concursos, acham que já não foram “os de sempre” penalizados demais, com as políticas internas? Com o PEC 1, 2 e 3? Estará este aperto estendido a todos, à proporção de todos?

Ou seja, o sistema financeiro apoderou-se do poder político, surgiu uma crise provocada por esse modelo, crise que deu origem a muitas fortunas e reforço de outras, a especulação traduz-se em economia virtual, o sistema chega ao extremo, tudo descamba, aí, os estados injectam capital para manter a situação e para não permitir alastramento ou ruptura total, mas permanecendo o modelo que deu origem ao problema.
Esta situação para um país como Portugal, sem estrutura e estofo, porque não teve políticos e políticas capazes, é demais para a dimensão do problema.
Aqueles que em nada contribuíram para a crise, serão os “fiadores” de um empréstimo que não pediram, e hipotecam os seus subsídios de férias ou outros, para manter o sistema perfeito, para aqueles que os empurraram para esta situação, este sim é o retrato que ninguém assume, mas é a realidade.

Alternativas;

O país precisa de produzir (Portugal importa 80 % daquilo que come, num país com recursos geográficos, climáticos favoráveis), para criar riqueza, para manter forte a sua indústria naval, pesqueira, agrícola, colmatando a destruição destes sectores praticada pelo moralista Cavaco que agora se sente imune à sua prática governativa.

Tem de surgir uma ruptura, com o modelo em vigor, uma nova visão da sociedade, uma nova consciência política e social.

A política serve para resolver a vida das pessoas, a economia deverá servir a política, os povos têm de compreender e estar esclarecidos dos interesses instalados, têm de ter noção daquilo que são, de quem os defende, daquilo que têm de fazer para defender os seus interesses, há a necessidade de consciencialização social.

Há que frontalmente denunciar esta Europa, há que renegociar a longo prazo, enquanto se investe na produção nacional e na exportação.

Há que apostar em alternativas profundas, há que questionar o futuro, há que colocar a política acima da economia.

Há acima de tudo a necessidade urgente de mudança…nas mentalidades…

terça-feira, 8 de março de 2011

Ficarão parados?

A juventude está na rua...e nós?

Um grupo de jovens aproveitou uma ação partidária de Sócrates, para demonstrar a sua indignação sobre a situação que assola aquela franja da sociedade, no que toca à situação de (des)emprego.
Prontamente foram colocados no exterior, certamente com uns "caldos", próprios dessas situações e praticados pelos homens da segurança que defendem até às últimas o seu "Boss"...
Este pequeno grupo de jovens fez mossa, conseguiu enervar um pouco Sócrates e passar os poucos segundos da sua ação, em vários órgãos de comunicação social, levando o nosso "primeiro" a dizer que seria uma brincadeira de carnaval.

Sr. Engenheiro, não foi brincadeira, foi uma ação atrevida e de louvar, por um grupo de jovens que vê o seu futuro muito escuro, dada a sua condição face ao emprego e à vida que legitimamente quer construir.

Pena minha que, alguns outros setores da sociedade andem a dormir, impávidos e serenos por uma realidade que ainda não constataram, por um futuro que se espera negro, dado que, a ação política e governativa dos últimos anos tem levado o nosso país a uma situação de atraso, atraso e atraso.

Podem dizer que nos últimos anos houve desenvolvimento (estradas, shoppings, estádios de futebol, escolas, etc), no entanto, a minha opinião não passa por anular esta ideia, mas sim, questionar se as opções foram as devidas, questiono o investimento nas pessoas, sua educação, sua formação, capacidade de investir na pessoa, para assim, se poder produzir, ter capacidade de assumir riscos, de incutir responsabilidade e preparar para cenários menos bons e assumir desafios.

Este caminho na minha perspetiva seria o correto, pois prepararia um país, para produzir, para valorizar o trabalho, para não se encontrar dependente e não viver endividado, por não ter pessoas mal-educadas, enquanto seres sociais, para ter trabalhadores e empresários bem formados, para ter pessoas com visão moderna e responsável, requisitos básicos para uma justa distribuição da riqueza produzida, solidariedade social e aproximação de classes.

Mas não, escolheu-se outro caminho, o caminho da imagem, da modernidade, da falta de conteúdo, do “chico-esperto”, do salve-se quem puder, do subsidio, do facilitismo…
E quem será responsável por esta opção? será o povo? mas o povo não foi educado… não foi preparado, foi secundarizado… como se pretende que o povo faça uma escolha dos seus governantes que seja equilibrada e lúcida, quando o povo não está munido da informação e formação necessária?

Os responsáveis políticos destes últimos trinta anos, que têm nomes, foram os responsáveis por nos colocarem nesta situação e deixarem chegar ao ponto em que está.
E agora aplica-se o castigo ao tal povo, culpa-se o tal povo, como se o chico-esperto o fosse por gene ou um defeito de nascença, como se o “cabide” fosse cabide se o poder o obrigasse a trabalhar, como se o empresário que foge aos impostos e ainda se evidencia por tal, foge só porque lhe apetece…
Isto só acontece porque os políticos com a responsabilidade de gerir o país, não prepararam, nem construíram uma sociedade que resolvesse os problemas e aí assentava um papel de educação e formação social, é muito difícil sair de uma ditadura com cerca de quarenta anos, e dar uma liberdade “total “, o povo nunca saberá como a utilizar…

Mais tarde, esses mesmos políticos optaram por pertencer a uma união europeia que é encabeçada e funciona mediante os interesses da Alemanha e França, chegando-se ao cúmulo de ter uma responsável política de um país da união, chamar outro responsável político de um outro país "soberano" (ou não), passando a primeira por funcionar como se fosse uma instituição da própria união europeia, e o segundo por um aluno que foi dizer à professora que vai cumprir o que ela entender...que certamente passará por mais castigos ao povo.

Para concluir, o problema do nosso país, não sendo diferente de muitos outros, advêm, na minha humilde opinião, de uma (in)consciência do seu povo, por falta de educação e formação cívica, política e social, cuja responsabilidade direta é do poder político que conduziu o país e que se continuam a alternar, contudo, mantendo o mesmo modelo.
Portugal, como esta Europa, enquanto optarem por políticas liberais, por uma visão do problema na perspetiva conjuntural, não compreendendo que o problema é estrutural, é de modelo, de subserviência do poder político ao económico, de diretórios, de interesses especulativos, não vão resolver nada, vão sim penalizar o povo, as classes baixas e médias, os trabalhadores, os funcionários públicos, os pequenos e médios empresários.

Terá de se pensar, terá de se alterar algo, terá de se colocar a política a comandar a economia, terá de se igualar o peso dos países na União Europeia, não contabilizando apenas os pressupostos económicos para esse efeito, terá de se alterar o modelo de sociedade, terá de se provocar uma rutura, mas quem o pode fazer e voltando ao inicio serão todos aqueles que sentindo-se mal com a sua situação, à semelhança dos jovens acima citados, terão primeiro de estar conscientes e para tal, necessitam de informação e ser formados, para adquirirem essa consciência e depois terão de se movimentar, ir para a rua, demonstrar que a situação está mal, fazer-se ouvir, fazer opções em função dos seus interesses e não em função da retórica ou gravata dos políticos, porque se assim não for...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ou se muda, ou se perde...

Tem-se constatado um claro declínio na qualidade de vida dos portugueses, motivado pelo aumento do custo de vida, da precarização do emprego, dos baixos salários, do desemprego, dos cortes sociais e ainda do atentado aos funcionários públicos, através dos cortes salariais.
Esta é a realidade do presente, no entanto, o que assusta é o futuro, porque para além desta realidade, o que se vislumbra num futuro bem próximo, é um agudizar destas medidas, ou por via de FMI, ou de Fundo de estabilização ou, por políticas e políticos internos.
As razões deste quadro presente são da mais variada ordem ou opiniões, contudo, uma coisa é certa, Portugal sente mais qualquer influência externa, porque estruturalmente não se encontrava "almofadado" para esta pressão, e aí sim com responsabilidades diretas aos governantes atuais e anteriores.
O que mais assusta não é tanto este quadro político/económico e social presente, mas sim, a indefinição do futuro.
E assusta porque a resposta apresentada para a resolução do problema, assenta, na minha opinião, na mesma visão que lhe deu origem, daí se entender que algo vai mal, porque as medidas que se apresentam agora como resposta à crise, já foram aplicadas noutros cenários e contextos e o resultado foi... a situação piorou, razão desta realidade no presente.
Dai, se entender como necessário uma nova abordagem, um novo paradigma, profundo corte na sociedade, de modelo político, económico, social e isto porque, este está esgotado.
Obviamente esta minha intenção ingénua, para ser levada a cabo terá de colocar os povos, as sociedades, os cidadãos, com uma nova, ou pelo menos, com consciência.
Uma coisa eu sei, a situação atual é péssima, o futuro está indefinido, e algo tem de ser feito, mas também sei que é imoral e que não é pela via da aplicação de penalizações a um funcionário público que aufira do seu trabalho um salário de 1600 €, ou do corte de um subsidio social a um desempregado, ou a um idoso, ou da aplicação de taxas elevadíssimas a recibos verdes (para não falar da sua existência), mantendo-se um tratamento especial a alguns grupos económicos, permitindo-se engenharias financeiras para não pagar impostos, alimentando-se a corrupção, continuando-se com uma alternância governativa que embarca no mesmo modelo e é responsável pelo actual estado do país, independentemente do despoletar da situação ser externa…

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

LISTA DE EMPRESAS DEVEDORAS: Dividas - COMETLIS

LISTA DE EMPRESAS DEVEDORAS: Dividas - COMETLIS: "MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - Na Divisão de Sintra, todo o efectivo que faz serviços remunerados, não recebeu a verba que tem direito pelos serv..."

domingo, 23 de janeiro de 2011

Atrofia geral...

Após uma campanha de baixo nível, terminou mais um processo eleitoral, desta feita para reeleger o Prof. Cavaco.

Após acompanhar os resultados finais e alguns "paineleiros" e comentários de telespectadores, retiro o seguinte;

O Prof. Cavaco demonstrou algum nervosismo... Porque será?

Os resultados transmitem afinal que o estado do país é bom, estando eu equivocado (produção quanto baste, rentabilidade e boa tesouraria nas empresas, aumentos salariais constantes, funcionários públicos com aumentos e melhores condições de trabalho, saúde financeira, alargamento e aumento de subsídios para os mais desfavorecidos, baixa taxa de desemprego, serviço nacional de saúde reforçado e alargado, etc )!!!

Os “paineleiros” (dos mesmos) dizem sempre o mesmo, secundarizando os comentários sobre todos aqueles que não sejam do directório...

Dos telespectadores que escutei nos programas de opinião, os desempregados aplaudiram a vitória de Cavaco e mais alguns demonstraram um discurso desconexo e difícil de perceber...

Mas, que se passa? isto está mais grave do que eu pensava...

Daqui a cinco anos cá estaremos, para ver como estará o país...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Incorência e populismo quanto baste...

Começo por escrever que, o direito à opinião pessoal não deve ser omisso ou inibido, pelo facto de se estar a desenvolver uma qualquer actividade de interesse colectivo.

O que me leva a escrever estas palavras, é o facto de alguém com uma imagem já solidificada na sociedade, ter intervenções ou comentários que talvez demonstrem o que efectivamente é, apesar da imagem instituída ser totalmente diferente.

Um dos candidatos a Presidente da República (e Presidente), em plena campanha, quando confrontado pelo "povo", no contexto do que se ia dizendo, transmite a uma das senhoras do "povo" o seguinte "sabe, a minha mulher tem apenas uma reforma de oitocentos euros, apesar de ter sido durante vários anos professora e como tal depende de mim...".

Este tipo de comentário, apraz-me a seguinte avaliação;

Se a senhora em causa recebe oitocentos euros de reforma, não queira o candidato fazer o "povo" de parvo, porque para receber esse valor e face à categoria profissional que exerceu durante anos, esses oitocentos de reforma foram uma opção tomada pela própria.

Visto de outro prisma, a forma paternal como dizia que a sua esposa dependia dele, aos olhos dos movimentos feministas e da igualdade da mulher, são susceptíveis de critica, mas isso compete a esses movimentos manifestarem-se. Talvez aqui esteja a ser levantado o verdadeiro ser do candidato, com princípios conservadores, retrógradas e machistas...apesar de ter promulgado o casamento homossexual, por mera estratégia política.

Mas o mais grave do comentário proferido pelo candidato, é o facto de se lamentar dos oitocentos euros da sua mulher, quando esse mesmo candidato, como perito em finanças e durante vários anos governante de relevo, sabe bem que o salário médio em Portugal ronda os setecentos euros e que há mais de um milhão de pessoas do "povo" com pensões/reformas de quatrocentos euros...

Dá ainda que pensar, o facto de esse candidato ter durante anos acumulado pensões com ordenados, como governante, professor, presidente, etc...ter ganho dinheiro (legal) com BPN`S, ter vivenda de férias paredes-meias com Dias Loureiro, Oliveira e Costa por mera coincidência...

Esse tal candidato que se diz do "povo", sabe bem que sente melhor noutros contextos mais reservados...mas o frete tem de ser feito quando se está em campanha…

O candidato, diz agora estar ao lado dos pobres, dos funcionários públicos, dos pescadores, etc, mas por favor, alguém lhe transmita que esse candidato aprovou um orçamento que apenas puniu o "povo" e ele próprio enquanto desempenhava outras funções neste país, iniciou o atentado... é só ir à história dos factos...

Mas verdade seja dita, esse candidato construiu na sociedade uma imagem de seriedade e credibilidade, que dificilmente será beliscada, mas não por ser uma imagem verdadeira ou falsa, mas apenas por causa do tal... "povo"

É claro que o “povo” agora reage e diz, mas eles são todos iguais… mas serâo?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A mesquinhez doentia…

A combinação explosiva entre inveja e ignorância torna as pessoas imbuídas numa cegueira doentia, agravada pela errada avaliação de pessoas, instituições, posições e factos.

Em alguns, essa cegueira faz com que alterem a história dos factos e a verdade…
Não sou dos que defendem que o ser humano é um animal “mau” por razões de raça ou de genética, mas mais apologista que a sociedade transforma as pessoas, ou seja, o ambiente social e as relações sociais estabelecidas no dia-a-dia, são do meu ponto de vista responsáveis pelo comportamento dos indivíduos. Mas por vezes, após avaliar certos comentários e comportamentos de alguns seres humanos, fico na dúvida se estarei correcto na minha forma de pensar, porque há indivíduos que demonstram uma irracionalidade difícil de explicar.

Quantas vezes em programas como “National Geography”, se vislumbra a solidariedade, bondade e compreensão entre animais irracionais, valores que, nas sociedades “racionais” já não se usam… isso entristece-me porque gostaria de viver na selva, mas não posso, porque tenho a minha vida estabelecida junto dos racionais!
Vou pelo menos acreditar que os “homens” aprendam algo com os seres irracionais, pelo menos no que toca aos valores …

Até lá, terei de aguentar a mesquinhez de sempre, daqueles que quando não lhes toca, correm a disparar em todos os sentidos, mesmo contra aqueles que estão com os animais (os acima referidos) …

Esses que disparam em todos os sentidos, pensam estar a defender-se, mas estão apenas a afundar-se, pois embora não admitam, não querem o bem deles, querem sim o mal dos outros… sim e são seres racionais.