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sábado, 22 de outubro de 2011

Democracia versus Ditadura

A diferença entre democracia e ditadura não é assim tão liquida...

O Iraque e a "anulação" do seu ditador foi alvo de críticas por alguns sectores (filmagem do seu enforcamento).

Recentemente na Líbia e a forma como capturaram o seu ditador e o "anularam" foi também um método questionável.

Reconheço que, anos e anos de ditadura, anos e anos de tortura, de injustiças, de falta de liberdade, provocam nos homens desejo de vingança, mas,

a elevação do homem e da democracia é a tolerância e nesse sentido, as pseudo-democracias que surgem após os regimes ditatoriais Iraque e Líbia, neste caso), não iniciam esse processo da melhor forma. Porque começam do zero, com actos questionáveis à luz da própria democracia (linchamento, homicídio e falta de respeito pelo ser humano)...

Já agora, seria importante reflectir se, o tratamento dado a alguns ditadores, não se aplicaria também a outros, e questionar porque não acontece...

A política internacional e os interesses das potências "democráticas" pela passividade, pelos objectivos a alcançar e pela visão do sistema mundial são tudo menos DEMOCRACIA.

domingo, 16 de outubro de 2011

Apelo...

Caros cidadãos;

apelo aos adeptos de futebol que dediquem a sua disponibilidade, interesse e paixão para com o futebol, também à causa da defesa dos seus direitos sociais.

apelo aos apaixonados pelas novelas (brasileiras e portuguesas) para que, dediquem a mesma atenção às alterações políticas e sociais que se passam no actual contexto nacional e internacional.

apelo aos dedicados telespectadores dos programas dos gordos e da casa dos segredos, para que dediquem o mesmo interesse pelas acções e iniciativas de luta promovidas pelos representantes sindicais e demais forças sociais.

apelo à maioria dos eleitores deste país, para que, antes do exercício desse nobre direito/dever (eleger) analisem e avaliem antes da prática desse mesmo acto.

Não podemos continuar a criar o problema e depois criticar os executantes do problema por nós próprios criado... (tem sido assim nos últimos trinta e poucos anos)...

domingo, 9 de outubro de 2011

Outros caminhos...

Tem-se assistido a opiniões quase que "fundamentalistas" que transmitem a ideia que determinadas opções politicas são incontornáveis e como única possibilidade.
Alega-se novo contexto, fundamenta-se com a crise, com o défice, com anteriores abusos e com muitos direitos anteriormente adquiridos.
Alega-se ainda a falta de dinheiro, a bancarrota da segurança social, a bancarrota dos regimes de protecção.
Esta mensagem torna-se perigosa, desde logo, porque coloca qualquer observador, como um ignorante “rendido” a esta tese.
Tese esta, que muitos não querem admitir, tratar-se sim de bancarrota, mas de bancarrota de um sistema capitalista que provocou o aumento de injustiças sociais e uma visão financeira, uma visão de mercados, uma visão de números, uma máquina ao serviço de interesses especulativos e de economia virtual.
Esta tese é ainda perigosa porque assenta numa opção que não serve à maioria, mas a uma minoria esclarecida, bem instalada e com muito poder, criadora do actual contexto.
Chegados a esta realidade, o patamar seguinte será o patamar da reacção a esta mensagem e a esta ideia de que não há alternativas, de que tem de se cumprir as directivas impostas (internas e externas), de que tem de se poupar, pagar mais e perder direitos...
Nesta reacção há a necessidade de esclarecimento sobre a verdade dos factos e sobre os interesses instalados e não assumidos.
Depois temos o papel a desempenhar pelos movimentos e grupos sociais que têm uma responsabilidade relevante, em virtude da imagem dos partidos políticos, altamente secundarizados, por culpa de constantes maus governos e maus políticos.
Nesse papel, destacam-se as organizações profissionais, de consumidores, de utentes, de utilizadores, entre outros, os quais devem adoptar uma leitura astuta, para combater constantes ataques bem delineados e bem definidos.
Os movimentos espontâneos que agora surgem, deixam dúvidas, dúvidas que assentam na própria espontaneidade e dúvidas que assentam na perigosidade de aproveitamentos de terceiros ou daqueles que amparam o próprio sistema…
Face a esta realidade, julga-se como urgente uma avaliação interna nas estruturas representativas de trabalhadores, de clientes, de consumidores, entre outros, que deverão ajustar o seu funcionamento e actuação às exigências dos contextos, como sendo o único garante da manutenção de direitos e regalias dificilmente adquirido(a)s e susceptíveis de manutenção no presente e futuro.
Estas estruturas não deverão anular a sua história, as suas formas de contestação e de luta, que foram as responsáveis pelas vitórias e pelas conquistas, mas devem sim, promover um debate interno, alargado e lúcido que permita uma adequação e proporcionalidade dos combates futuros ao contexto político, económico e social que configuram pressupostos e características também diferentes do passado.
O que tem de ficar bem claro, é a ideia de que a politica existe para servir as pessoas e que nada é dado como adquirido e que as sociedades são aquilo que os povos, aquilo que as pessoas entenderem como benéfico, apenas falta essa consciência ser alargada e assumida, principalmente por aqueles que desempenham papéis sociais de relevo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Demagogia

Defende-se também seriedade no desempenho da actividade sindical.

Essa seriedade deverá reflectir-se na acção sindical, e ainda nos objectivos que se pretende atingir, objectivos esses que serão atingidos, depois de ultrapassados os obstáculos.

Neste sentido, depois de avaliar um recente comunicado emanado por duas estruturas sindicais da P.S.P (SNCC e SINAPOL), facilmente se vislumbra falta de seriedade e ainda os objectivos e obstáculos, ou seja, falta de seriedade, porque feita a cronologia recente, um desses sindicatos já havia anunciado medidas de um radicalismo exacerbado, inclusive com apelos ilegais à greve, sendo que, vem agora dar duas semanas para o governo resolver os assuntos pendentes.

Já o outro, tanto critica terceiros por leviandade na luta, acusando mesmo de "brincar às reivindicações" e vem também agora dar mais duas semanas ao governo.

Esses mesmos sindicatos utilizam constantemente uma retórica contundente, mas quando outros utilizam medidas contundentes, demarcam-se e acusam de precipitação...

Esses mesmos sindicatos ora avançam pelas vias judiciais, como depois propõem ao governo que os reposicionamentos remuneratórios se processem por títulos do tesouro, assim como, um deles toma posições contrárias aos interesses dos seus associados, na defesa cega dos seus …dirigentes.

Esses mesmos sindicatos defendem por exemplo que não se aplique normas que constam do estatuto profissional e que se traduzem em aumentos remuneratórios em todas as classes.

Penso que sobre seriedade estamos esclarecidos.

Quanto aos objectivos a atingir, sinceramente parece não passarem pela defesa dos direitos dos profissionais da P.S.P, mas mais, pela tentativa de secundarizar as iniciativas de outras estruturas sindicais, porquanto, os seus comunicados são dirigidos ao trabalho sindical de outros sindicatos, com conteúdos de baixo nível e mentiras.

A marcação das suas acções, são temporalmente e contextualmente vincadas para o combate, não ao governo, mas às acções de outros sindicatos, os seus anúncios, normalmente folclóricos mas de objectividade quase nula, surgem como forma de fazer notícia de jornal, com que objectivo, claramente aparecer como reacção a outros.

Esta realidade é notoriamente detectada, numa simples retrospectiva pelos últimos meses que sinceramente não me dou ao trabalho de fazer.

Toda esta actividade é ainda complementada com ataques pontuais e locais, com mentiras e desinformação, não tendo os governos como alvo, mas sim, colegas de profissão.

Para concluir, os polícias são astutos e inteligentes, apenas podem é não ter a informação necessária para fazer esta avaliação, mas lembrem-se que, a desunião começou quando alguns criaram estruturas múltiplas, para que efeito?

São estes a quem me refiro, que depois falam na necessidade de união... pratiquem-na de uma forma muito simples, renunciem e candidatem-se dentro da estrutura dos primórdios do sindicalismo na P.S.P , aliás na sequência daquilo que já vos foi proposto e que vocês não aceitaram...