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domingo, 23 de janeiro de 2011

Atrofia geral...

Após uma campanha de baixo nível, terminou mais um processo eleitoral, desta feita para reeleger o Prof. Cavaco.

Após acompanhar os resultados finais e alguns "paineleiros" e comentários de telespectadores, retiro o seguinte;

O Prof. Cavaco demonstrou algum nervosismo... Porque será?

Os resultados transmitem afinal que o estado do país é bom, estando eu equivocado (produção quanto baste, rentabilidade e boa tesouraria nas empresas, aumentos salariais constantes, funcionários públicos com aumentos e melhores condições de trabalho, saúde financeira, alargamento e aumento de subsídios para os mais desfavorecidos, baixa taxa de desemprego, serviço nacional de saúde reforçado e alargado, etc )!!!

Os “paineleiros” (dos mesmos) dizem sempre o mesmo, secundarizando os comentários sobre todos aqueles que não sejam do directório...

Dos telespectadores que escutei nos programas de opinião, os desempregados aplaudiram a vitória de Cavaco e mais alguns demonstraram um discurso desconexo e difícil de perceber...

Mas, que se passa? isto está mais grave do que eu pensava...

Daqui a cinco anos cá estaremos, para ver como estará o país...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Incorência e populismo quanto baste...

Começo por escrever que, o direito à opinião pessoal não deve ser omisso ou inibido, pelo facto de se estar a desenvolver uma qualquer actividade de interesse colectivo.

O que me leva a escrever estas palavras, é o facto de alguém com uma imagem já solidificada na sociedade, ter intervenções ou comentários que talvez demonstrem o que efectivamente é, apesar da imagem instituída ser totalmente diferente.

Um dos candidatos a Presidente da República (e Presidente), em plena campanha, quando confrontado pelo "povo", no contexto do que se ia dizendo, transmite a uma das senhoras do "povo" o seguinte "sabe, a minha mulher tem apenas uma reforma de oitocentos euros, apesar de ter sido durante vários anos professora e como tal depende de mim...".

Este tipo de comentário, apraz-me a seguinte avaliação;

Se a senhora em causa recebe oitocentos euros de reforma, não queira o candidato fazer o "povo" de parvo, porque para receber esse valor e face à categoria profissional que exerceu durante anos, esses oitocentos de reforma foram uma opção tomada pela própria.

Visto de outro prisma, a forma paternal como dizia que a sua esposa dependia dele, aos olhos dos movimentos feministas e da igualdade da mulher, são susceptíveis de critica, mas isso compete a esses movimentos manifestarem-se. Talvez aqui esteja a ser levantado o verdadeiro ser do candidato, com princípios conservadores, retrógradas e machistas...apesar de ter promulgado o casamento homossexual, por mera estratégia política.

Mas o mais grave do comentário proferido pelo candidato, é o facto de se lamentar dos oitocentos euros da sua mulher, quando esse mesmo candidato, como perito em finanças e durante vários anos governante de relevo, sabe bem que o salário médio em Portugal ronda os setecentos euros e que há mais de um milhão de pessoas do "povo" com pensões/reformas de quatrocentos euros...

Dá ainda que pensar, o facto de esse candidato ter durante anos acumulado pensões com ordenados, como governante, professor, presidente, etc...ter ganho dinheiro (legal) com BPN`S, ter vivenda de férias paredes-meias com Dias Loureiro, Oliveira e Costa por mera coincidência...

Esse tal candidato que se diz do "povo", sabe bem que sente melhor noutros contextos mais reservados...mas o frete tem de ser feito quando se está em campanha…

O candidato, diz agora estar ao lado dos pobres, dos funcionários públicos, dos pescadores, etc, mas por favor, alguém lhe transmita que esse candidato aprovou um orçamento que apenas puniu o "povo" e ele próprio enquanto desempenhava outras funções neste país, iniciou o atentado... é só ir à história dos factos...

Mas verdade seja dita, esse candidato construiu na sociedade uma imagem de seriedade e credibilidade, que dificilmente será beliscada, mas não por ser uma imagem verdadeira ou falsa, mas apenas por causa do tal... "povo"

É claro que o “povo” agora reage e diz, mas eles são todos iguais… mas serâo?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A mesquinhez doentia…

A combinação explosiva entre inveja e ignorância torna as pessoas imbuídas numa cegueira doentia, agravada pela errada avaliação de pessoas, instituições, posições e factos.

Em alguns, essa cegueira faz com que alterem a história dos factos e a verdade…
Não sou dos que defendem que o ser humano é um animal “mau” por razões de raça ou de genética, mas mais apologista que a sociedade transforma as pessoas, ou seja, o ambiente social e as relações sociais estabelecidas no dia-a-dia, são do meu ponto de vista responsáveis pelo comportamento dos indivíduos. Mas por vezes, após avaliar certos comentários e comportamentos de alguns seres humanos, fico na dúvida se estarei correcto na minha forma de pensar, porque há indivíduos que demonstram uma irracionalidade difícil de explicar.

Quantas vezes em programas como “National Geography”, se vislumbra a solidariedade, bondade e compreensão entre animais irracionais, valores que, nas sociedades “racionais” já não se usam… isso entristece-me porque gostaria de viver na selva, mas não posso, porque tenho a minha vida estabelecida junto dos racionais!
Vou pelo menos acreditar que os “homens” aprendam algo com os seres irracionais, pelo menos no que toca aos valores …

Até lá, terei de aguentar a mesquinhez de sempre, daqueles que quando não lhes toca, correm a disparar em todos os sentidos, mesmo contra aqueles que estão com os animais (os acima referidos) …

Esses que disparam em todos os sentidos, pensam estar a defender-se, mas estão apenas a afundar-se, pois embora não admitam, não querem o bem deles, querem sim o mal dos outros… sim e são seres racionais.