As recentes e anunciadas penalizações para muitos dos portugueses, no âmbito do Plano de Austeridade, são uma afronta e uma imoralidade.
Aqueles que, durante anos tiveram a responsabilidade de (des)governar o país, aqueles que durante anos tornaram o país naquilo que é hoje, aqueles que tiveram opções erradas, que anularam a produção e nada fizeram pela justa distribuição da riqueza produzida, que corroboram de modelos globais que contribuíram para o imperativo especulativo e financeiro, que não prepararam o país para reagir à turbulência exterior, são os mesmos que anunciam as medidas necessárias para combater o resultado dessas más opções.
O folclore impera com o "tango" PS/PSD, que com algumas calcadelas pontuais, no intuito de lançar alguma confusão no espírito da dança, não conseguem demonstrar nenhuma diferença substancial.
Os argumentos utilizados pelos defensores do Plano de Austeridade, são argumentos questionáveis, desde logo, porque assentam em pressupostos pouco sérios, uma vez invocada uma crise internacional e problemas estruturais do país... questiono, a crise internacional foi provocada porque modelo? (aquele que os tais defendem)... os problemas estruturais do país, quem os criou? (os mesmos).
E relativamente às medidas implementadas pelo Plano de Austeridade, quais os critérios de justiça? qual a equidade e moralidade? tendo em referência a situação da banca que continua imune às suas responsabilidades e também à devida aplicação de imposto sobre lucros.
E as penalizações à classe média, serão elas mesmas, resolução do problema? ou não serão mais uma investida em falso, uma vez que, com esta classe limitada, a economia do país retrai?
E o atentado aos rendimentos mais baixos? não agravarão a pobreza e exclusão social?
E a dependência total aos mercados internacionais? e a sujeição a agências de pura especulação e defesa dos "vampiros" internacionais, não compromete a soberania do nosso país?
Claro que, os "tais" contrapõem com a ideia de que é irreversível, e eu acredito que não seja, porque os povos, têm a capacidade de encaminhar o mundo para onde entenderem, se estiverem disponíveis...para pensar!
Parabéns Paulo.
ResponderEliminarA visão de quem sente, mas sobretudo de quem pensa e se informa.
Em minha opinião de um modelo económico/político -capitalista/fascista centrado numa personagem com rosto, passámos em pouco mais de 30 anos ( acho que há muito menos)a um regime capitalista/pseudo-democrático que acaba por criar a ilusão de uma sociedade igualitária e de plenas liberdades e oportunidades ( e assim evitar o grande confronto ideológico) em que a figura de poder não tem rosto, mas tem nome, banca!